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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A Última Dança

Depois de um semestre recheado de conhecimentos acerca da dança e da Arquivologia - área do conhecimento das Ciências Sociais Aplicadas - e as suas respectivas relações, é hora de compilar tudo o que já foi visto até agora. Assim, vamos apresentar a nossa última dança em formato de trabalho final.


Decidimos fazer o trabalho em forma de vídeo, afinal, foi nosso documento principal, analisado na Oficina.
Vídeo retrata tudo o que nós passamos durante o semestre (obviamente, de forma resumida)



E o trabalho final em forma de Artigo, que reproduz nossos trabalhos do semestre de uma maneira um pouco mais formal.

Esperamos que gostem, queridos dançarinos!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Milonga Arquivística Virtual - parte 2

Objetivos a serem alcançados com a segunda parte da Oficina:
  • Aprender a dançar Tango;
  • Conhecer sobre a Diplomática e Tipologia Documental; e
  • Aprender a fazer a análise de um documento não convencional.
¿Vamos a bailar?
Aprenda os 8 passos básicos do Tango e da análise documental

Como qualquer dança, o Tango também possui seus passos básicos, que somam oito. Então, para facilitar a compreensão da análise do documento não convencional escolhido, essa parte da Oficina foi divida em oito passos, assim como o Tango! Os quatro primeiros foram destinados para a Análise Diplomática e os quatro últimos para a Análise Tipológica.

 Passos do Tango (em vermelho os passos das mulheres e em preto os passos dos homens)

Passos de Tango da Oficina
Aula de Tango - passos básicos

Saiba mais sobre o Tango aqui.

A Diplomática, segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é a disciplina que tem com objetivo o estudo da estrutura formal e da autenticidade dos documentos. Ou seja, a Análise Diplomática é a análise das características extrínsecas do documento, a estrutura documental. Fazendo uma analogia com a dança, podemos comparar a estrutura Diplomática, à estrutura do Tango e da Milonga: elementos como a postura dos dançarinos, os passos harmônicos, o abraço e o sentido no qual se dança dentro de um salão (sentido anti-horário, para os homens).

Então, vamos aprender agora os quatro passos da Análise Diplomática!

Passo 1:
  • Espécie: "configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas" (AAB/SP, 1996, p. 34.); ex: folder, memorando, resolução etc.
Passo 2:
  • Formato: "configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado" (AAB/SP, 1996, p. 39); ex: banner, cartaz, livro, folha avulsa etc.
Passo 3:
  • Gênero: "configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado na comunicação de seu conteúdo" (AAB/SP, 1996, p. 41); ex: textual, sonoro, imagético etc.
Passo 4:
  • Forma: completude de um documento; ex: cópia, original, rascunho etc.
Outros Passos derivados da Análise Diplomática (exemplos do documento escolhido):
  • Denominação: descrição do que é o documento; ex: Gravação Audiovisual de Espetáculo de Tango.
  • Definição: definir o documento, destacando sua finalidade; ex: Gravação de um vídeo durante a apresentação coreográfica do grupo, com o intuito de capturar os movimentos e coreografia.
  • Suporte: "material sobre o qual as informações são registradas" (AAB/SP, 1996, p. 72); ex: pen drive.
  • Dimensão: porção de espaço ocupado por um documento; ex: 32,1 MB (00:03:14).
  • Sinais de validação: "marcam a autenticidade de atos e documentos" (LOPEZ, 2012, p.23); ex: carimbos, assinaturas, marcas d’água, logomarcas, metadados (sinais ocultos de documentos digitais).
Estrutura do Tango similar à da Diplomática
Depois de passar pela estrutura da dança.. ops! pela estrutura diplomática, devemos fazer a Análise Tipológica. A Tipologia é o "conjunto de elementos formais que caracterizam um documento de acordo com as funções a que se destina" (disponível aqui), ou seja, é a análise intrínseca de um documento em relação à sua gênese documental (atribuições, competências, funções e atividades da entidade acumuladora de documentos). Seguindo o mesmo raciocínio, compara-se a Análise Tipológica, que é a análise das características internas do documento, com os procedimentos internos de criação de um espetáculo, tais como o roteiro, a formulação da dança, a escolha do figurino, a escolha da coreografia, a escolha das músicas etc.

Vamos, então, aprender os quatro passos da Análise Tipológica!

Passo 1:
  • Função Arquivística: atividades exercidas no âmbito do Produtor Arquivístico; ex: divulgação e comprovação da produção artística, pesquisa de criação e execução de movimentos, prestação de contas.
Passo 2:  
  • Produtor/fundo arquivístico: entidade produtora de documentos; ex: Projeto PÉS?.
Passo 3:
  • Atividade: finalidade do documento; ex: reprodução da apresentação do Espetáculo com o intuito de capturar o desenvolvimento coreográfico.
Passo 4:
  • Contexto: informa o motivo pelo qual o documento foi gerado; ex: necessidade de divulgar o projeto e preservar a memória coreográfica.
 Outros passos derivados da Análise Tipológica (exemplos do documento escolhido):
  • Tipo Documental: configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a atividade que a gerou, ex: Gravação Audiovisual para divulgação de Apresentação Coreográfica.
  • Emissor: quem gera demanda para a produção de documento; ex: integrantes do Projeto PÉS?.
  • Destinatário: a quem se destina o documento; ex: todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão permanente.
  • Data Tópica: local em que o documento foi produzido; ex: Brasília.
  • Data de Produção: data em que o documento foi produzido; ex: ano de 2012 (sem dia e mês definidos).

Milonga Arquivística Virtual - parte 1

Para quem viu os vários panfletos (esse aqui) espalhados pelo ICC Sul, Central e Norte, FCI, BSAN, PAT e PJC - Universidade de Brasília e pela internet nos grupos do Facebook e não pode comparecer à nossa Milonga Arquivística, estamos realizando a Oficina Virtual para ninguém ficar de fora dessa dança!

Exemplo de divulgação na FCI (Faculdade de Ciência da Informação)
Na última publicação (Explicando mais sobre a Oficina), apresentamos um breve roteiro do que as pessoas iriam ver durante a Oficina e a dividimos em cinco partes. Iremos fazer o mesmo com a Oficina Virtual, a dividiremos em cinco posts. Enquanto explicaremos o conteúdo da Oficina, vamos mostrar um pouquinho do que rolou no dia para dar um gostinho para quem não foi e como forma de memória para quem esteve lá!

Já para quem está vendo tudo isso pela primeira vez, vamos explicar um pouquinho: a Oficina que ocorreu no dia 06 de novembro na Universidade de Brasília (Ceubinho - entrada do ICC Norte) foi realizada por meio de um trabalho da disciplina Diplomática e Tipologia Documental do curso de Arquivologia. A proposta era relacionar um tema qualquer com os assuntos estudados durante o semestre e, também, divulgar a nossa área de atuação. Bom, nós, as ArqLindas, escolhemos falar sobre Dança, mais especificamente sobre o Tango.

ArqLindas (da esquerda pra direita: Elkelly Franco, Natália Lucchetti, Julia Donato e Flávia Helena)


Decoração da Oficina
 Objetivos a serem alcançados com a primeira parte da Oficina:
  • Conhecer um pouco sobre o Tango, sobre a Arquivologia e qual a relação entre essas duas áreas;
  • Conhecer sobre os documentos não convencionais;
  • Divulgar a Arquivologia; e
  • Divulgar o Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília - Projeto PÉS?.
 Então vamos dar início à nossa Milonga Arquivística!

Da Milonga à Arquivologia
Como a Arte do Tango e dos Documentos se complementam? 

O Tango, nascido nos bairros mais pobres da Argentina, é umas das danças mais intensas, dramáticas, sensuais e populares no mundo. Dançado nas Milongas – bailes, o Tango é muito mais que uma postura precisa e um passo estável, é uma linguagem da alma executada pelo corpo por meio de movimentos ritmados e intencionados.

Já a Arquivologia, segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é a disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos. O objeto de estudo dessa área é o documento de arquivo que, segundo a Resolução nº 20/2004 do CONARQ, é a informação registrada, independente da forma ou do suporte, produzida e recebida no decorrer das atividades de um órgão, entidade ou pessoa, dotada de organicidade e que possui elementos constitutivos suficientes para servir de prova dessas atividades.

No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança - manifestação cultural e multidimensional -, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?

Com os avanços tecnológicos, surgiu a possibilidade de “arquivar” a dança através da fixação de sinais em um meio tangível capaz de vencer o tempo e o espaço. Esse meio são as gravações audiovisuais que têm como finalidade registrar e descrever a dança em todos os seus aspectos: dramaticidade, expressão corporal, sutileza dos gestos, intensidade dos movimentos, entre outros - algo que não se poderia fazer no papel. Ou seja, obtém toda a dimensão das variáveis envolvidas no universo da dança. Além disso, o vídeo permite que a coreografia se propague pela história e não caia no esquecimento, ou seja, permite a preservação da memória coreográfica.

O vídeo é um documento não convencional que, de acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é um documento em linguagem não-textual, em suporte não convencional, ou, no caso de papel, em formato e dimensões excepcionais, que exige procedimentos específicos para seu processamento técnico, guarda e preservação, e cujo acesso depende, na maioria das vezes, de intermediação tecnológicas. Diferente do documento convencional que é um documento arquivístico produzido, tramitado e armazenado em formato não digital, segundo a Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos.

Dessa forma, escolhemos um vídeo do Projeto PÉS? para realizar a análise como forma de entender na prática a relação do Tango com a Arquivologia. O Projeto PÉS? é um Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília que pesquisa a criação, provocação e execução de movimentos expressivos e possíveis para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança. Surgiu em 2011, a partir de uma Dissertação de Mestrado em Artes Cênicas do Rafael Tursi. 

"Pra que servem pés senão para andar? O que é deficiência? Aonde este trabalho quer chegar? Este trabalho trata do ciclo de experimentações do Projeto PÉS?/UnB, que pesquisa a criação do movimento expressivo por pessoas com deficiência. Que pessoas? Que deficiências? Qualquer pessoa e qualquer deficiência. O objetivo é associar o trabalho de pedagogia do movimento do teatro e da dança para pessoas com deficiências, físicas, sensoriais e intelectuais. Durante o processo, busca-se observar tanto as habilidades já desenvolvidas pelos alunos quanto às habilidades a serem desenvolvidas” (Rafael Tursi). Desse modo, o projeto pretende mostrar que qualquer pessoa pode dançar.


 



Folder* com conceitos arquivísticos distribuído na primeira parte da Oficina

* Para ter um folder nosso, basta salvar as duas últimas imagens e imprimir em frente e verso. 
Cena de Tango do Projeto PÉS?. Vídeo passado na primeira parte da Oficina

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Explicando mais sobre a Oficina

Olá, queridos dançarinos!

Estamos cada vez mais próximos do grande dia. Então, para deixar vocês por dentro do nosso lindo espetáculo, vamos compartilhar um resumo do que vamos apresentar na sexta-feira.

Este resumo é um roteiro e está dividido em 5 partes da apresentação.

1ª parte: Da Milonga à Arquivologia:
  • Documentos não convencionais
    • Conceitos - FOLDER
    • Vídeo como registro documental dos passos da dança (Patrícia ROSSI)
  • Vídeo do Projeto PÉS?
    • Introdução da realidade e objetivo do Projeto
2ª parte: 8 passos básicos do tango:
  • 4 passos: análise diplomática – estrutura da dança – estrutura diplomática (características externas).
  • 4 passos: análise tipológica – procedimentos internos, como roteiro, formulação da dança, escolha do figurino – conteúdo tipológico (análise das características internas do documento).
3ª parte: Análise do Fluxo Documental – Bizagi:
  • Documento: Autorização do Uso de Imagem
  • Para que serve?
  • Fluxo e ciclo de vida do documento
  • Por que é um documento permanente?
4ª parte: Foto para o blog: Criação de um documento não convencional:
  • Demanda para gerar o documento não convencional: necessidade da autorização do uso de imagem para publicar a foto no blog
  • Assinatura da Autorização
5ª parte: Entrega do Certificado e dos brindes.

Esta é uma pequena parte do nosso trabalho. Mas isso é só para vocês terem uma noção de como vamos fazer a apresentação do nosso espetáculo.
Compareçam e entendam muito mais sobre a interligação entre a arte do Tango e dos Documentos!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Procurando novos parceiros

Dançar com outros parceiros é de extrema importância para o conhecimento de novos passos, de novas técnicas, de novas músicas, de novas coreografias, de novas formas de se trabalhar a linguagem corporal etc. Além disso, novos parceiros sempre trazem experiências positivas para poder ser implementadas nas nossas danças.

Sendo assim, esse post teve como finalidade a procura por três outros parceiros para poder compartilhar o amor pela dança e pela Arquivologia também, é claro! Cada parceiro teve que ser analisado devidamente, pois não se pode dançar com qualquer um.

Foto disponível aqui

Vamos aos resultados da audição então:

O primeiro dançarino escolhido foi o Diploarte que procurou analisar diplomática e tipologicamente os documentos da companhia de teatro G7. Avaliar só o blog não adianta, foi necessário analisar o conteúdo que esse dançarino pode trazer. A partir disso, escolheu-se a postagem Análise Diplomática e Tipológica dos Documentos da Área Fim, pois, assim, pode-se entender um pouco mais sobre os documentos não convencionais que ainda hoje são alvos de grandes dificuldades de análise, porque a maior parte das pessoas pensa que Documento de Arquivo é só papel. Além disso, o tema desse blog – Teatro se aproxima muito do DançArq, já que o teatro e a dança se ligam às artes de maneira geral. Então, a compreensão dos documentos da companhia de teatro, poderá facilitar o desenvolvimento das futuras atividades das ArqLindas.

Muitas vezes não basta só dançar, é preciso conhecer a história da dança também. O conhecimento acerca do nascimento de determinada dança e as influências que a mesma sofreu, seja por mudanças culturais, seja por outras danças é importante para a utilização dessas informações no contexto atual. Por exemplo, o forró, tradicionalmente do nordeste brasileiro, sofreu constantes mudanças ao longo do tempo e nos diversos locais em que está inserido. O forró dançado em Brasília, não é o mesmo dançado em João Pessoa, que de certo modo ainda tem muita tradição, diferente daqui que há influências de outras danças. Então, a partir do conhecimento da história do forró, podemos identificar como a tradição pode ser adaptada para diversos contextos. Diante disso, o segundo blog selecionado foi o Diplomática Aplicada na UnBTV, com o post Breve Histórico do Nascimento da Diplomática e Surgimento da Arquivologia, pois procurou conhecer a história da Arquivologia e Diplomática para, assim, aplicar nas outras atividades e contexto atual. Além disso, a postagem cita importantes autores da área, questão essa de grande importância para percebermos a influência do passado na atualidade e as mudanças que ocorreram ao passar dos anos.

Nada como uma bela roupa para se destacar em uma apresentação, não é mesmo? Pensando nisso, o terceiro parceiro, O Arquivo Veste Prada que é especialista em moda foi o último escolhido para finalizar a audição de maneira super chic! Com os modelos apresentados por eles, poderemos fazer várias apresentações belíssimas. Nesse blog, podemos ver várias dicas de moda. Não percam as postagens!

As apresentações de dança, desfiles de moda e propagandas que envolvam modelos geram vários documentos e um deles é a fotografia. Para o melhor entendimento dos usos dessa, esse blog chiquérrimo poderá nos auxiliar com o post Uso comercial da imagem. Essa postagem trata da fotografia como registro e como documento de arquivo, fazendo referência as possíveis categorias utilizadas: a comercial, a de exposição ou publicação, a probatória, a didático/científica e a pessoal/familiar. Assim, pode-se perceber que a disseminação das fotografias se propaga em grande escala e, com isso, deve-se haver uma análise distinta para cada finalidade, mesmo se tratando de fotografias idênticas no ponto de vista informativo, já que a proveniência e a função arquivística se tornam diversas. Ademais, por meio dessa postagem, dá para compreender na prática alguns conceitos da Arquivologia, como o princípio da proveniência e as funções arquivísticas.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Dançando por aí...

Boa noite, pessoas lindas!

Hoje foi dia de sair dançando e fuçando por aí. Dizem que a curiosidade matou o gato, mas nesse caso, a curiosidade nos abre novos horizontes e nos traz novas informações. E como já sabemos, informação é tudo de lindo nessa vida! A atividade dessa semana foi analisar os blogs antigos de nossos dedicados colegas que já fizeram a matéria de Diplomática e Tipologia Documental.

Como estava falando agorinha, a importância da informação nos dias de hoje é imensurável. Quem tem informação, tem poder. Pensando nisso, o primeiro post que eu achei interessante analisar foi o do blog SIGILO EXPOSTO, que trata sobre a lei 12.527/2011, a nossa querida Lei de Acesso à Informação. Post disponível Aqui.

O post fala sobre a Lei de Acesso à Informação e suas limitações necessárias para que ela seja aplicável na sociedade. Em seu art. 5º, fala que "É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação".
E quem deve gerenciar esta informação? Obviamente, somos nós arquivistas e gestores da informação. Esta lei é de extrema importância para nossa profissão, pois regulamenta a transparência de nosso principal objeto de trabalho. Isso significa que, cada vez mais, a visibilidade da nossa profissão vai aumentando, seremos mais reconhecidos e requisitados nos órgãos e entidades do poder público.

O segundo post selecionado foi do blog DIPLOMÁTICA EM PERFORMANCE, que fala sobre a fotografia como prova (Post Aqui)
Na verdade, essa foi a publicação sobre o tema da oficina do grupo. O assunto se identifica muito com o tema do nosso blog: A dança. As meninas do grupo Diplomática em performance comentaram sobre a importância da fotografia como documento de arquivo, quando encaixada em seu contexto de produção. Como já foi falado aqui no nosso blog, uma das formas de se documentar a dança, é a imagem. Tanto a imagem estática, quanto em movimento são formas de se registrar os diversos movimentos corporais, que são únicos de cada pessoa e em cada momento vivenciado por elas. Isso se deve ao fato de que a fotografia é capaz de transmitir e preservar aspectos representados de maneira mais aparente do que se colocados em forma textual.
Este post também nos remete ao conceito de documentos não convencionais, já trabalhado em sala de aula e no blog, e a importância que eles têm na constituição de um arquivo.

Por fim, o terceiro blog escolhido foi de 02/2012, o ARQUIVO NEWS. O post (clique aqui) apresenta uma discussão sobre a nova era dos documentos digitais, a redução de gastos de espaço físico e de verbas com documentos em suporte papel, e traz o vídeo de uma reportagem da globo, sobre a digitalização de processos no fórum de Jundiaí - SP.
No blog, é citada a Lei 12.682/2012, que dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos. Além de ressaltar a importância da autenticidade, em seu art. 3º, podemos ver também, que é citado como sinal de validação dos documentos digitais, o ICP - Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras). Este certificado é aceito como assinatura digital e reconhecido como sinal de autenticação do documento (assim como uma assinatura em um documento físico).
Um ponto importante que é ressaltado no blog é a falta de planejamento antes da implantação de um sistema capaz de gerenciar documentos digitais. Vê-se que não há preocupação com a organização dos documentos. Então, o grupo Arquivo News faz uma reflexão sobre a realidade da situação, se este novo sistema proporciona uma economia real de recursos e finaliza o post com uma possível solução para o problema: segundo eles, analisar diplomática e tipologicamente e definir séries documentais para que haja a elaboração do plano de classificação (recurso essencial para a recuperação da informação).
Muitos conceitos importantíssimos para a Arquivologia foram trabalhados neste post. A discussão sobre a implantação de processos digitais em órgãos públicos é uma das mais polêmicas hoje. A preservação e a recuperação da informação em meios eletromagnéticos é trabalhada de forma cautelosa para que seja, cada vez mais viável a evolução da gestão de documentos digitais.

Mas, isto é assunto para um novo post para nossos lindos dançarinos...

Natália Elisa Lucchetti
13/0127949

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Documento Misterioso?.?.?

Na última aula recebemos o desafio de desvendar o que seria um cartão perfurado de papelão. A dica recebida pelo professor André foi de que o cartão representa o avô do Pen Drive. Para entendermos esse documento misterioso precisamos saber os passos dessa dança, ou seja, a história que envolve esse cartão.

Foto disponível aqui

Em 1801 o francês Joseph Marie Jacquard percebeu que as laçadeiras (peça dos teares onde se enrola o fio para formar desenhos nos tecidos fiados) seguiam uma lógica, e criou um processo de definição dos padrões com os cartões perfurados, transformando o trabalho que antes era manual em algo automático. O cartão perfurado, também chamado de “punch card” registra informações através das perfurações para servir de memória, armazenar e processar dados.

Vale lembrar que até o início da década de 1950 não existia uma forma de armazenar dados como discos, microchips ou fitas, e com isso a produção dos cartões perfurados aumentou, não havendo nenhum tipo de concorrência com outras tecnologias.

Uma curiosidade interessante é que durante décadas a IBM, uma das empresas líderes mundiais de tecnologia, conseguiu grande parte dos seus lucros pela produção e venda de cartões de papelão!

Foto disponível aqui

Agora que entendemos o que representa esse documento, vamos ao espetáculo principal, respondendo algumas perguntas feitas pelo professor André.

Foto tirada do documento que nos foi entregue durante a aula
  1. Qual é a espécie documental? A espécie documental depende do conteúdo que o cartão carrega.
  2. O documento é autêntico? Podemos inferir, de acordo com as informações pesquisadas, que este é um documento autêntico. Primeiramente, verificamos que o cartão passou pelos trâmites usuais de emissão, seu suporte e dimensão estão de acordo com as normas da IBM. Em segundo lugar, ele é o que se propõe a ser, ou seja, um dispositivo de armazenamento. Além disso, acreditamos que este foi produzido pela entidade competente - IBM.
  3. Quais são os sinais de validação desse documento? Os sinais de validação estão representados nos furos que indicam que há alguma informação gravada (diferente de um cartão sem informações armazenadas), a marca IBM registrada no canto esquerdo da imagem e a disposição crescente dos algarismos. Ademais, no canto superior esquerdo, o documento possui números de identificação e logo após as palavras "CONTROLE BIBLIOGRÁFICO".
  4. Qual o formato? Cartão perfurado.
  5. É um documento de arquivo? Se sim, qual arquivo? Se não, por que não? Depende do conteúdo que o cartão armazena. Se a informação contida na memória do cartão for orgânica, poderíamos dizer que este é um documento de arquivo para a empresa produtora, caso contrário, não é documento de arquivo. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Documento é só papel?

Muitas vezes, ao pensarmos em documento, já nos vem logo a cabeça o suporte papel. Claro, já que a mente humana tende a associar uma palavra com algo que é mais difundido e, sabemos, que hoje o papel é sempre a primeira opção para conter informações sobre determinada coisa.

No entanto, não devemos nos restringir somente a esse suporte, precisamos abrir nossas cabeças para inúmeras outras possibilidades. Temos que perceber que o documento é um fato materializado da ação humana, ou seja, contém informações e não necessariamente são escritas.
Já vimos neste blog que uma foto pode ser considerada documento, que um panfleto publicitário também pode e inúmeros objetos de escoteiro trazidos pelo nosso querido professor André também podem ser.

Uma gravação de dança pode ser considerada um documento?  E uma sapatilha de balé?
É o que veremos em seguida!!

As gravações audiovisuais podem sim ser consideradas um documento, pois têm como finalidade registrar a dança em todos os seus aspectos: dramaticidade, expressão corporal, sutileza dos gestos, coreografia, entre outros - algo que não se poderia fazer no papel. Além disso, o vídeo permite captar a fluidez da movimentação, oferecendo uma percepção dos movimentos e suas intensidades.

Assim, vamos analisar diplomática e tipologicamente um vídeo pertencente ao arquivo do Projeto PÉS?:

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HLMIsweEgaE>. Acesso em: 17/09/2015.*

* Vídeo retirado do canal do YouTube do próprio projeto. Link para acessar ao canal

>>Tipologia Documental: Gravação audiovisual coreográfica
>>Definição: Gravação de um vídeo durante a apresentação coreográfica do grupo, registrando os movimentos e coreografia utilizada na cena de Tango
>>Atividade: Desenvolvimento coreográfico
>>Subfunção: Apresentação Coreográfica
>>Função Administrativa: Divulgação de Espetáculos de Dança
>>Função Arquivística: Comprovação da produção artística do Projeto PÉS?
>>Contexto: A gravação se deu devido a necessidade de divulgar o projeto e preservar a memória. Então, no momento dos Espetáculos, depois da montagem da coreografia e de muitos ensaios, há a gravação. Como o vídeo se relaciona com o contexto de produção e segue a tramitação devida, é considerado autêntico.
>>Produtor: Projeto PÉS?
>>Emissor: Integrantes do Projeto PÉS?
>>Destinatário: Todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão permanente.
>>Data Tópica: Brasília
>>Data de Produção: Ano de 2012 (dia e mês indefinidos)

Características externas:
  • Espécie: Gravação Audiovisual de Espetáculo de Dança
  • Gênero: Audiovisual
  • Suporte: Internet
  • Formato: MP4
  • Forma: Cópia
  • Linguagem: Musical, corporal e cultural
  • Duração: 00:03:39
Foto disponibilizada por Clara Sales Brito

Já a sapatilha de balé é considerada um documento, pois faz parte de um figurino de um Espetáculo de Dança. Ou seja, as sapatilhas utilizadas nos espetáculos podem compor os acervos das companhias de dança como forma de preservar a memória. Além disso, as sapatilhas acompanham os bailarinos durante toda a vida artística deles, tanto nas aulas, como nos ensaios e espetáculos, fazendo com que essas possam constituir os respectivos acervos pessoais. No caso de bailarinos famosos, as sapatilhas são documentos de suma importância, já que se torna um meio de comprovação e memória de participação em determinado Espetáculo.

Então, vamos analisar a sapatilha da bailarina Clara Sales Brito, 22 anos, integrante de duas companhias de dança (clássica e contemporânea) e aluna de licenciatura em dança do Instituto Federal de Brasília - IFB:

>>Tipologia Documental: Reunião de Figurino
>>Definição: Especificação de material para a execução dos figurinos
>>Atividade: Desenvolvimento e Manutenção de Figurinos e Adereços
>>Subfunção: Montagem Cênica para Espetáculo
>>Função Administrativa: Encenação de Espetáculos de Dança
>>Função Arquivística: Comprovação da realização de um Espetáculo
>>Contexto: A sapatilha é essencial para um Espetáculo de Balé, normalmente, não há dança sem o uso da sapatilha. Além disso, esta serve para recordação pessoal do bailarino e preservação da memória da companhia de dança que realizou o Espetáculo. Primeiramente, a sapatilha é adquirida e depois utilizada. A fabricação, quase sempre, não é própria da companhia.
>>Produtor: Clara Brito
>>Emissor: Clara Brito
>>Destino: Uso da Clara nas suas aulas, ensaios, espetáculos.
>>Data Tópica: Brasília
>>Data de Produção: Indefinida

Características externas:
  • Espécie: Sapatilha de Balé
  • Gênero: Figurino
  • Suporte: Couro
  • Formato: Sapatilha de Meia Ponta
  • Forma: Original
  • Linguagem: Contato Físico