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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Milonga Arquivística Virtual - parte 3

Objetivos a serem alcançados com a terceira parte da Oficina:
  • Entender sobre arquivo permanente;
  • Entender o motivo do Termo de Autorização de Uso de Imagem ser um documento com valor permanente;
  • Entender o que é um fluxograma e para que ele serve;
  • Saber analisar um fluxograma; e
  • Entender sobre o fluxo e o ciclo de vida de um documento com valor permanente.
Autorizando o uso da imagem
Como podemos divulgar a imagem de terceiros?

Esta parte da nossa Milonga foi dedicada a analisar o fluxograma de um documento com valor permanente do acervo das ArqLindas. O valor permanente, de acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é o valor probatório e informativo que justifica a guarda permanente de um documento em um arquivo.

No mundo da dança, há muitos documentos que são produzidos, como fotos, vídeos, ingressos para entradas de espetáculos ou de bailes, panfletos de divulgação, entre outros. Além disso, o Termo de Autorização de Uso de Imagem é um documento essencial para esse meio, pois é somente com ele que pode-se divulgar um espetáculo a partir de fotos e vídeos ou outros meios, ou seja, esse documento pode permitir a propagação da imagem de terceiros, mediante autorização dos mesmos. 

O Termo de Autorização de Uso de Imagem é um documento que possui a guarda permanente, pois tem valor probatório. Sendo assim, é prova legal de que alguém autorizou a reprodução de sua imagem. Caso essa pessoa resolva recorrer, a pessoa física ou jurídica que divulgou possui a prova que recebeu a autorização. No caso da nossa Milonga Arquivística, esse documento foi utilizado para a realização da Oficina. O responsável pelo Projeto PÉS? precisava assinar o Termo para que pudéssemos divulgar um outro documento permanente: o vídeo que vocês viram na primeira parte da nossa Oficina Virtual. O vídeo do Projeto é, também, um documento permanente, pois serve como prova da realização das atividades inerentes à essa extensão da Universidade de Brasília.

Termo de Autorização do Uso da Imagem entregue ao responsável do Projeto PÉS?*

* O termo assinado pelos integrantes do projeto não pode ser divulgado aqui no Blog por conter informações pessoais.  
 
Então, para analisar o Termo de autorização de Uso de Imagem desde sua criação até sua destinação final, utilizamos um fluxograma. O fluxograma é uma ferramenta utilizada para representar uma rotina de trabalho por meio de figuras geométricas. Um modo mais didático de entender o que acontece em uma organização a partir da transição de informações entre os elementos que o compõem. O fluxograma é essencial para obter um estudo detalhado do ciclo documentário, ou seja, ter conhecimento da entrada, processamento e saída dos documentos em determinada ocasião.

Os círculos do fluxograma representam o início ou conclusão de uma rotina, podendo ou não representar o fim dessa. Os retângulos se referem às atividades necessárias para a realização de uma rotina e os losangos representam as tomadas de decisão de uma determinada atividade. No caso do Termo de Autorização de Uso de Imagem, o ponto de partida para a sua criação foi a necessidade de utilizar o vídeo do Projeto PÉS?. Após isso, nós elaboramos o Termo e, em seguida, apresentamos duas vias para o responsável do Projeto. Ele poderia assinar ou não os documentos. Caso não tivesse assinado, o uso da imagem não teria sido autorizado e, então, o ciclo do documento teria terminado. No entanto, o responsável assinou, assim, obtivemos a Autorização do Uso da Imagem.

A assinatura do Termo implica que uma via fique conosco e a outra com o responsável pelo Projeto PÉS?. A nossa via se encontra em nosso arquivo corrente, pois ainda estamos utilizando as imagens do Projeto, então, precisamos desse documento frequentemente. Após o término da disciplina e do período em que podemos recorrer a ela por conta de algum problema, o documento irá para o nosso arquivo intermediário, pois não iremos utilizá-lo com tanta frequência. Depois de um tempo, esse documento, que já nasce permanente, irá para o nosso arquivo permanente. Porém, o fato de ir pro arquivo permanente não representa um fim, já que o documento pode ser recuperado a qualquer momento, caso haja necessidade de provar que a autorização das imagens do grupo foi concedida pelo responsável. É importante ressaltar que, se houver necessidade de recuperação do documento, este não volta a ser corrente.

Já a guarda da segunda via, ficará a critério do responsável. Caso ele resolva guardar, o Termo irá para o seu arquivo, podendo ser recuperado a qualquer momento. Caso contrário, o Termo irá ser eliminado e, assim, terá seu fim.

Enfim, o fluxograma foi elaborado de acordo com a importância do documento. Este Termo é prova de que a divulgação da imagem do Projeto foi autorizada pelo responsável, ou seja, se as imagens são permanentes, o termo de autorização do uso de imagem também deve ser.
Fluxograma do Termo de Autorização de Uso de Imagem do Projeto PÉS?

Milonga Arquivística Virtual - parte 2

Objetivos a serem alcançados com a segunda parte da Oficina:
  • Aprender a dançar Tango;
  • Conhecer sobre a Diplomática e Tipologia Documental; e
  • Aprender a fazer a análise de um documento não convencional.
¿Vamos a bailar?
Aprenda os 8 passos básicos do Tango e da análise documental

Como qualquer dança, o Tango também possui seus passos básicos, que somam oito. Então, para facilitar a compreensão da análise do documento não convencional escolhido, essa parte da Oficina foi divida em oito passos, assim como o Tango! Os quatro primeiros foram destinados para a Análise Diplomática e os quatro últimos para a Análise Tipológica.

 Passos do Tango (em vermelho os passos das mulheres e em preto os passos dos homens)

Passos de Tango da Oficina
Aula de Tango - passos básicos

Saiba mais sobre o Tango aqui.

A Diplomática, segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é a disciplina que tem com objetivo o estudo da estrutura formal e da autenticidade dos documentos. Ou seja, a Análise Diplomática é a análise das características extrínsecas do documento, a estrutura documental. Fazendo uma analogia com a dança, podemos comparar a estrutura Diplomática, à estrutura do Tango e da Milonga: elementos como a postura dos dançarinos, os passos harmônicos, o abraço e o sentido no qual se dança dentro de um salão (sentido anti-horário, para os homens).

Então, vamos aprender agora os quatro passos da Análise Diplomática!

Passo 1:
  • Espécie: "configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas" (AAB/SP, 1996, p. 34.); ex: folder, memorando, resolução etc.
Passo 2:
  • Formato: "configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado" (AAB/SP, 1996, p. 39); ex: banner, cartaz, livro, folha avulsa etc.
Passo 3:
  • Gênero: "configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado na comunicação de seu conteúdo" (AAB/SP, 1996, p. 41); ex: textual, sonoro, imagético etc.
Passo 4:
  • Forma: completude de um documento; ex: cópia, original, rascunho etc.
Outros Passos derivados da Análise Diplomática (exemplos do documento escolhido):
  • Denominação: descrição do que é o documento; ex: Gravação Audiovisual de Espetáculo de Tango.
  • Definição: definir o documento, destacando sua finalidade; ex: Gravação de um vídeo durante a apresentação coreográfica do grupo, com o intuito de capturar os movimentos e coreografia.
  • Suporte: "material sobre o qual as informações são registradas" (AAB/SP, 1996, p. 72); ex: pen drive.
  • Dimensão: porção de espaço ocupado por um documento; ex: 32,1 MB (00:03:14).
  • Sinais de validação: "marcam a autenticidade de atos e documentos" (LOPEZ, 2012, p.23); ex: carimbos, assinaturas, marcas d’água, logomarcas, metadados (sinais ocultos de documentos digitais).
Estrutura do Tango similar à da Diplomática
Depois de passar pela estrutura da dança.. ops! pela estrutura diplomática, devemos fazer a Análise Tipológica. A Tipologia é o "conjunto de elementos formais que caracterizam um documento de acordo com as funções a que se destina" (disponível aqui), ou seja, é a análise intrínseca de um documento em relação à sua gênese documental (atribuições, competências, funções e atividades da entidade acumuladora de documentos). Seguindo o mesmo raciocínio, compara-se a Análise Tipológica, que é a análise das características internas do documento, com os procedimentos internos de criação de um espetáculo, tais como o roteiro, a formulação da dança, a escolha do figurino, a escolha da coreografia, a escolha das músicas etc.

Vamos, então, aprender os quatro passos da Análise Tipológica!

Passo 1:
  • Função Arquivística: atividades exercidas no âmbito do Produtor Arquivístico; ex: divulgação e comprovação da produção artística, pesquisa de criação e execução de movimentos, prestação de contas.
Passo 2:  
  • Produtor/fundo arquivístico: entidade produtora de documentos; ex: Projeto PÉS?.
Passo 3:
  • Atividade: finalidade do documento; ex: reprodução da apresentação do Espetáculo com o intuito de capturar o desenvolvimento coreográfico.
Passo 4:
  • Contexto: informa o motivo pelo qual o documento foi gerado; ex: necessidade de divulgar o projeto e preservar a memória coreográfica.
 Outros passos derivados da Análise Tipológica (exemplos do documento escolhido):
  • Tipo Documental: configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a atividade que a gerou, ex: Gravação Audiovisual para divulgação de Apresentação Coreográfica.
  • Emissor: quem gera demanda para a produção de documento; ex: integrantes do Projeto PÉS?.
  • Destinatário: a quem se destina o documento; ex: todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão permanente.
  • Data Tópica: local em que o documento foi produzido; ex: Brasília.
  • Data de Produção: data em que o documento foi produzido; ex: ano de 2012 (sem dia e mês definidos).

Milonga Arquivística Virtual - parte 1

Para quem viu os vários panfletos (esse aqui) espalhados pelo ICC Sul, Central e Norte, FCI, BSAN, PAT e PJC - Universidade de Brasília e pela internet nos grupos do Facebook e não pode comparecer à nossa Milonga Arquivística, estamos realizando a Oficina Virtual para ninguém ficar de fora dessa dança!

Exemplo de divulgação na FCI (Faculdade de Ciência da Informação)
Na última publicação (Explicando mais sobre a Oficina), apresentamos um breve roteiro do que as pessoas iriam ver durante a Oficina e a dividimos em cinco partes. Iremos fazer o mesmo com a Oficina Virtual, a dividiremos em cinco posts. Enquanto explicaremos o conteúdo da Oficina, vamos mostrar um pouquinho do que rolou no dia para dar um gostinho para quem não foi e como forma de memória para quem esteve lá!

Já para quem está vendo tudo isso pela primeira vez, vamos explicar um pouquinho: a Oficina que ocorreu no dia 06 de novembro na Universidade de Brasília (Ceubinho - entrada do ICC Norte) foi realizada por meio de um trabalho da disciplina Diplomática e Tipologia Documental do curso de Arquivologia. A proposta era relacionar um tema qualquer com os assuntos estudados durante o semestre e, também, divulgar a nossa área de atuação. Bom, nós, as ArqLindas, escolhemos falar sobre Dança, mais especificamente sobre o Tango.

ArqLindas (da esquerda pra direita: Elkelly Franco, Natália Lucchetti, Julia Donato e Flávia Helena)


Decoração da Oficina
 Objetivos a serem alcançados com a primeira parte da Oficina:
  • Conhecer um pouco sobre o Tango, sobre a Arquivologia e qual a relação entre essas duas áreas;
  • Conhecer sobre os documentos não convencionais;
  • Divulgar a Arquivologia; e
  • Divulgar o Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília - Projeto PÉS?.
 Então vamos dar início à nossa Milonga Arquivística!

Da Milonga à Arquivologia
Como a Arte do Tango e dos Documentos se complementam? 

O Tango, nascido nos bairros mais pobres da Argentina, é umas das danças mais intensas, dramáticas, sensuais e populares no mundo. Dançado nas Milongas – bailes, o Tango é muito mais que uma postura precisa e um passo estável, é uma linguagem da alma executada pelo corpo por meio de movimentos ritmados e intencionados.

Já a Arquivologia, segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é a disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos. O objeto de estudo dessa área é o documento de arquivo que, segundo a Resolução nº 20/2004 do CONARQ, é a informação registrada, independente da forma ou do suporte, produzida e recebida no decorrer das atividades de um órgão, entidade ou pessoa, dotada de organicidade e que possui elementos constitutivos suficientes para servir de prova dessas atividades.

No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança - manifestação cultural e multidimensional -, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?

Com os avanços tecnológicos, surgiu a possibilidade de “arquivar” a dança através da fixação de sinais em um meio tangível capaz de vencer o tempo e o espaço. Esse meio são as gravações audiovisuais que têm como finalidade registrar e descrever a dança em todos os seus aspectos: dramaticidade, expressão corporal, sutileza dos gestos, intensidade dos movimentos, entre outros - algo que não se poderia fazer no papel. Ou seja, obtém toda a dimensão das variáveis envolvidas no universo da dança. Além disso, o vídeo permite que a coreografia se propague pela história e não caia no esquecimento, ou seja, permite a preservação da memória coreográfica.

O vídeo é um documento não convencional que, de acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é um documento em linguagem não-textual, em suporte não convencional, ou, no caso de papel, em formato e dimensões excepcionais, que exige procedimentos específicos para seu processamento técnico, guarda e preservação, e cujo acesso depende, na maioria das vezes, de intermediação tecnológicas. Diferente do documento convencional que é um documento arquivístico produzido, tramitado e armazenado em formato não digital, segundo a Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos.

Dessa forma, escolhemos um vídeo do Projeto PÉS? para realizar a análise como forma de entender na prática a relação do Tango com a Arquivologia. O Projeto PÉS? é um Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília que pesquisa a criação, provocação e execução de movimentos expressivos e possíveis para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança. Surgiu em 2011, a partir de uma Dissertação de Mestrado em Artes Cênicas do Rafael Tursi. 

"Pra que servem pés senão para andar? O que é deficiência? Aonde este trabalho quer chegar? Este trabalho trata do ciclo de experimentações do Projeto PÉS?/UnB, que pesquisa a criação do movimento expressivo por pessoas com deficiência. Que pessoas? Que deficiências? Qualquer pessoa e qualquer deficiência. O objetivo é associar o trabalho de pedagogia do movimento do teatro e da dança para pessoas com deficiências, físicas, sensoriais e intelectuais. Durante o processo, busca-se observar tanto as habilidades já desenvolvidas pelos alunos quanto às habilidades a serem desenvolvidas” (Rafael Tursi). Desse modo, o projeto pretende mostrar que qualquer pessoa pode dançar.


 



Folder* com conceitos arquivísticos distribuído na primeira parte da Oficina

* Para ter um folder nosso, basta salvar as duas últimas imagens e imprimir em frente e verso. 
Cena de Tango do Projeto PÉS?. Vídeo passado na primeira parte da Oficina

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Atividade Relâmpago... Fixando Bizagi

Segue o LINK da atividade proposta em sala no dia 2 de outubro de 2015, que consiste na formulação do fluxo de um documento no BIZAGI.


Tava no fluxo...

Tava no fluxo, avistei a novinha no grau. Sabe o que ela quer?? Conhecer o fluxograma de um documento de arquivo permanente, é claro!

Para saber o que a novinha quer, além do funk, vamos entender primeiro o que é fluxograma: é uma ferramenta utilizada para representar uma rotina de trabalho por meio de figuras geométricas. Um modo mais didático de entender o que acontece em uma organização a partir da transição de informações entre os elementos que o compõem. No caso que mostraremos hoje, o fluxograma, feito por meio do programa bizagi, é de um documento que tem sua destinação final no arquivo permanente. O fluxograma é essencial para obter um estudo detalhado do ciclo documentário, ou seja, ter conhecimento da entrada, processamento e saída dos documentos em determinada ocasião.

O documento apresentado é um termo de autorização de uso de imagem (segue modelo abaixo), muito importante para o meio em que estamos inseridas: a dança. Não podemos sair por aí tirando fotos e/ou gravando apresentações diversas (até mesmo a da novinha no funk) para divulgação sem a autorização prévia das pessoas que irão aparecer nas imagens. Para nós, as ArqLindas, a autorização utilizada foi do uso da imagem dos integrantes do Projeto PÉS?, Projeto escolhido para ser trabalhado ao longo do semestre. No trabalho final, mostraremos fotos e/ou vídeos do Projeto e, por isso, precisávamos da autorização.

A curiosidade da semana é sobre o funk. O funk foi considerado patrimônio cultural do Rio de Janeiro, segundo o PROJETO DE LEI nº 4.124, DE 2008 (Link do projeto Lei), pois como se trata de uma forma de manifestação cultural popular, é digna do cuidado e da proteção do Poder Público. As letras das músicas são bem diferenciadas. Como a música que foi citada neste post é para maiores de 18 anos, não iremos publicá-la no blog.

Modelo de Termo de Autorização de Uso de Imagem*
* O termo assinado pelos integrantes do projeto não pode ser divulgado aqui no Blog por conter informações pessoais.

Fluxograma do Termo de Autorização de Uso de Imagem do Projeto PÉS?

O fluxograma foi elaborado de acordo com a importância do documento. Este termo é prova de que a divulgação da imagem do Projeto foi autorizada pelo responsável, ou seja, se as imagens são permanentes, o termo de autorização do uso de imagem também deve ser.

Durante a aula de sexta-feira (02/10), aprendemos a mexer melhor no programa bizagi e fizemos algumas modificações em nosso fluxograma:

Fluxograma atualizado do Termo de Autorização de Uso de Imagem do Projeto PÉS?

As modificações foram poucas, mas fizeram diferença na conclusão e entendimento do fluxo documental. A primeira mudança que observamos ser necessária foi a correção do caminho "o responsável deseja guardar a sua via?", pois este losango representa uma decisão a ser tomada, logo, cada canto de sua figura serve para representar um caminho diferente a ser seguido no ciclo de vida do documento.

Outra alteração realizada foi a questão do FIM do ciclo de vida do documento. Com o fluxograma representado do jeito que estava anteriormente, dava a entender que quando encaminhávamos o documento para a guarda permanente, seu ciclo de vida seria encerrado. Isso está errado, pois, como o documento ainda existe em um arquivo permanente, ele pode ser recuperado a qualquer momento caso haja necessidade de provar que a autorização das imagens do grupo foi concedida pelo responsável. É importante ressaltar que, caso haja necessidade de recuperação do documento, este não volta a ser corrente.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Um documento para chamar de nosso

Olá, dançarinos lindos!

Hoje faremos um post um pouco diferente. A atividade desta semana, proposta pelo professor André, é escolhermos um documento que será caracterizado nos moldes propostos por Mariano García (nesta publicação) e que, futuramente, será desenvolvido em nossa oficina.

No começo pensamos: Que tipo de documento seria interessante para ser analisado nesta publicação? Quais são os documentos envolvidos no mundo da dança que mostrariam a realidade dos dançarinos e ao mesmo tempo a nossa, da arquivística? O que representaria, da forma mais interessante, as duas realidades?

No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?

Pensando nisso, com toda a tecnologia que temos disponível hoje, temos registros iconográficos que são capazes de reproduzir o gesto realizado pelo artista em momentos ápices da dança. Trabalhar com documentos como fotos e vídeos será nosso foco daqui para frente, no blog e na oficina. Afinal, a dança é para ser dançada, sentida e assistida. Só assim poderemos entender melhor o universo da dança e inseri-lo mais intensamente no universo arquivístico.

Depois de muita discussão em grupo sobre documentos possíveis no maravilhoso universo da dança, resolvemos escolher um tipo da dança bem diferente, menos divulgado, mas completamente lindo e emocionante. Estamos nos referindo ao Projeto PÉS?. O PÉS? é um projeto de extensão da Universidade de Brasília que tem como objetivo trabalhar movimentos expressivos e possíveis para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança.

O documento escolhido foi o panfleto de publicidade do espetáculo Similitudo que foi apresentado em julho deste ano, em Taguatinga:

Disponível na página do Facebook do Projeto PÉS?

Denominação: Panfleto de Publicidade
Definição: Documento de divulgação do espetáculo e informações relevantes sobre, como data, local, hora de início e preço do ingresso.
Características externas:
  • Classe: Textual, com texto digitado e imagética, com fotografia dos integrantes do grupo que realizaram o espetáculo
  • Suporte: Internet
  • Formato: Panfleto Publicitário em JPEG (.jpg)
  • Forma: Original múltipla
Produtor: Integrantes do grupo PÉS?
Destinatário: Todo público interessado em assistir o espetáculo, ou saber mais informações sobre o projeto de extensão.
Legislação aplicável (mais relevante)
Trâmite para sua criação e vigência*:
-Ter definido e ensaiado a execução dos passos do espetáculo;
- Ter um local disponível e uma data que seja possível para a apresentação em grupo;
- Ter autorização de órgão competente (Teatro Sesc) para a realização do espetáculo;
- Ter uma estimativa de público pagante para arrecadação de verba necessária para a realização do espetáculo.
Vigência administrativa do documento*: Vigente até o último dia de apresentação do espetáculo, como documento corrente. Depois passa a ter valor comprobatório da divulgação e da realização do espetáculo.
Vigência cronológica da série documental**: Não consta.
Conteúdo: Conteúdo descritivo de divulgação sobre o espetáculo, contendo nome do espetáculo, nome do grupo apresentador, nome do diretor, data, horário e local da apresentação, valor do ingresso, logomarcas de parceiros que participam da organização e produção do espetáculo.
Ordenação da série**:
Séries relacionadas*: Outros panfletos referentes à divulgações de outros espetáculos realizados pelo Projeto PÉS?.
* Essas descrições são somente uma proposta das ArqLindas, visto que só podemos ter certeza do trâmite e vigência do documento ao analisar  e conhecer o projeto como um todo, realizando visitas, entrevistas, conhecendo a missão do projeto para entender o contexto de criação dos documentos, atividades realizadas pelo projeto etc.
** A análise de um documento sozinho não permite a análise de uma série documental.
Comentário arquivístico: O panfleto de divulgação tem como objetivo principal informar ao público sobre o espetáculo, para que se consiga atrair o maior número de espectadores possível. Depois do término de sua vigência administrativa, o panfleto continua com o valor de prova do trabalho realizado pelo projeto e serve também como inspiração para a criação de novos espetáculos no futuro. A divulgação do trabalho pode fazer parte do acervo do projeto, como documento permanente, tendo em vista seu valor comprobatório.

Análise diplomática

Início do Documento
:
- Intitulação: Nome do projeto que realiza o espetáculo.
- Destinação: Público interessado em assistir ao espetáculo ou saber informações sobre o projeto.
Corpo do Documento:
- Disposição: Referência à concessão e ao lugar de realização do espetáculo.
Fecho do Documento:
- Data: tópica e cronológica - Dia, mês e ano de realização do espetáculo.
- Validação: Logomarcas dos participantes da organização e produção do espetáculo
Comentário diplomático:  Na Antiguidade Clássica, as propagandas e anúncios de produtos a serem comercializados eram feitas oralmente, como a divulgação de lutas de gladiadores, vendas de terras, animais ou escravos. Já na Idade Média, as ruas não eram identificadas por nomes, nem por números. Com isso, surgiu a necessidade de se anunciar, nas fachadas dos estabelecimentos, o que estes tinham para oferecer, para que fosse mais fácil o reconhecimento do produto pelo cliente. Com o aparecimento das empresas, essas imagens de publicação se tornaram frequentes como um facilitador entre as marcas e as mentes dos consumidores e deram origem às logomarcas atuais. Mas voltando à Idade Media.... No século XV, o alemão Johannes Gutenberg inventou um aparelho chamado prensa de tipos móveis (também conhecida como imprensa), o que possibilitou a transmissão da ideia das imagens de propaganda para o papel. E assim nasceu, antes mesmo até do primeiro livro impresso, o panfleto publicitário – na época conhecido como folha volante, foi o primeiro formato publicitário registrado na história, com o intuito de anunciar produtos e espetáculos. 
O panfleto de divulgação pode chegar ao público em suporte papel, e hoje, com o avanço da tecnologia da Internet, ele pode ser disseminado através das redes sociais, o que implica um custo menor (considerando que não haverá o custo de impressão). As disposições dos panfletos de divulgação podem ser variadas, mas o conteúdo sempre conta com as informações básicas referentes ao produto a ser vendido ou divulgado, como local de apresentação ou venda, data e horário da disponibilização do produto oferecido e as marcas de validação, que normalmente são as logomarcas das empresas ou órgãos que apoiam ou produzem o produto divulgado.

Para mais informações sobre o projeto, clique aqui.
Página do Facebook: Link.

Referências Bibliográficas:
LASSWELL, Harold D. Publicidade tradicional: como tudo começou. In: GONÇALVES, Lilian S. Neuromarketing aplicado à Redação Publicitária. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2013. p.119-120.
ROSSI, Patrícia Dias de. Espetáculos de Balé na cidade de São Paulo (1968-2007): mapeando 40 anos de arquivo. São Paulo, 2009. Dissertação (Mestrado em História Social). Faculdade de  Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.