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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Todo carnaval tem seu fim

Disponível aqui
Depois de um semestre cheio de danças e ensaios, chegamos ao fim de um grande Espetáculo: a disciplina Diplomática e Tipologia Documental! No entanto, precisamos fazer os últimos ajustes da nossa coreografia para que as próximas apresentações estejam completamente perfeitas! Citaremos abaixo tudo o que foi modificado para que o nosso querido Mestre de Dança - professor André Lopez - possa nos (re)avaliar. Esperamos que todos vocês gostem desse Espetáculo!

Mudanças:

Gostaríamos que as atividades apontadas nessa postagem Mudanças na coreografia das ArqLindas fossem revistas, além das seguintes postagens: 

Nessas atividades, houveram pequenas modificações que fazem toda diferença para uma análise Diplomática e Tipológica. 

Por fim, gostaríamos que o nosso Trabalho Final (link aqui) fosse reavaliado também! Nessa última atividade, houve grandes modificações para que a nossa apresentação se encerre com chave de ouro! Desejamos a todos ótimas férias depois de tanto tempo dançando. E não esqueçam de aproveitarem o próximo carnaval (com moderação).

P.S.: segue o link da música Todo carnaval tem seu fim dos Los Hermanos!

100 anos sambando

Hoje, dia 02 de dezembro, é comemorado o Dia Nacional do Samba. Além disso, 2015 é o ano em que o Samba completa seus 100 anos!

Disponível aqui
O nosso querido samba, tipicamente brasileiro é reconhecido como ritmo oficial da festa e tem sua popularidade, principalmente, no Carnaval. Esse dia, reza a lenda, teve origem em uma homenagem ao sambista Ary Barroso. O vereador baiano Luís Monteiro da Costa foi quem teria instituído a data como a marca da visita desse sambista na Bahia pela primeira vez em 1940.

Desde então, o dia de hoje é comemorado, especialmente, em Salvador e no Rio de Janeiro. No entanto, nós, aqui em Brasília, não poderíamos de prestar nossa homenagem à esse ritmo. Atualmente,  o samba possui inúmeras variações, desde o Samba de Raiz, passando pelo Samba-Enredo, Samba Rock, Samba Funkeado até o Samba de Gafieira.

Para essa comemoração, a Cerveja Antarctica lançou uma edição especial para as suas garrafas long necks. Nós já estamos colecionando, não percam essa mistura também (apreciem com moderação)! Lembrando que as garrafas podem ser consideradas um documento arquivístico para a empresa produtora, pois provam a atividade de divulgação da cerveja por meio de um atrativo diferenciado. No entanto, para nós, serão apenas objetos de coleção. 

Garrafas da Antarctica com trechos clássicos do samba
Para saber mais sobre o samba, acesse: aqui e aqui

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A Última Dança

Depois de um semestre recheado de conhecimentos acerca da dança e da Arquivologia - área do conhecimento das Ciências Sociais Aplicadas - e as suas respectivas relações, é hora de compilar tudo o que já foi visto até agora. Assim, vamos apresentar a nossa última dança em formato de trabalho final.


Decidimos fazer o trabalho em forma de vídeo, afinal, foi nosso documento principal, analisado na Oficina.
Vídeo retrata tudo o que nós passamos durante o semestre (obviamente, de forma resumida)



E o trabalho final em forma de Artigo, que reproduz nossos trabalhos do semestre de uma maneira um pouco mais formal.

Esperamos que gostem, queridos dançarinos!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Milonga Arquivística Virtual - parte 5

Objetivos a serem alcançados com a quinta parte da Oficina:
  • Capacitar o público quanto à análise documental; 
  • Entregar os brindes;
  • Entregar os certificados; e
  • Concluir a Milonga.
Concluindo a Milonga Arquivística
Vamos testar seus conhecimentos?

A quinta parte da Milonga Arquivística Virtual é a parte da conclusão. Mas essa conclusão, assim como a conclusão de um documento com valor permanente, não representa um fim. Como não podemos ter certeza do entendimento que vocês tiveram quanto ao que foi passado durante essa Oficina Virtual, diferente da Oficina presencial que podíamos tirar todas as dúvidas, resolvemos aplicar um questionário com o intuito de capacitá-los, testando seus conhecimentos.
Acesse o questionário aqui.

Exemplificação do questionário
Após a conclusão do questionário, iremos analisar as respostas e, caso haja mais de 50% de acerto, mandaremos o Certificado de Participação, entregue na Oficina do dia 06 de novembro de 2015.

Certificado de Participação da Milonga Arquivística
Além disso, incluiremos o nome de todos os que fizerem o questionário na nossa Lista Arquivística-Dançante de Participação.

Lista Arquivística - Dançante de Participação
Ademais, na Milonga Arquivística presencial, demos outros brindes: um bombom Sonho de Valsa (tinha que ser relacionado com a dança, é claro!) com o recadinho "Que a sua Dança seja doce e o link do nosso blog e algumas rosas artificiais por conta do Tango! Na Milonga Arquivística Virtual, não será possível a entrega desses brindes, infelizmente.

Recado que foi entregue junto ao bombom
Assim, concluímos nossa Milonga Arquivística com muita dança e muito aprendizado! Agradecemos a todos que foram nos prestigiar e a todos que irão participar da Oficina Virtual. Esperamos que vocês possam alcançar aos objetivos propostos em cada parte dessa Milonga Arquivística Virtual!

P.S.: No dia da nossa Oficina presencial, duas integrantes do nosso grupo (Elkelly e Julia) fizeram uma entrevista para o Jornal do SBT sobre o consumismo na época da crise. Apesar da entrevista não ter a ver com o assunto da Oficina, ela é um documento de arquivo (vídeo da entrevista) para as Arqlindas, bem como as fotos abaixo:

Entrevista para o SBT
 

Milonga Arquivística Virtual - parte 4

Objetivos a serem alcançados com a quarta parte da Oficina:
  • Produzir documento convencional e não convencional; 
  • Listar os novos dançarinos; 
  • Mostrar que todos podem dançar; e
  • Finalizar a dança.
Todos nós somos dançarinos
Vamos mostrar que todos podem dançar?

Nessa quarta parte da nossa Milonga, resolvemos listar as pessoas que nos visitaram como forma de comprovar a participação na Oficina. Após entender como a arte do Tango e dos documentos se complementam, aprender os 8 passos do Tango e da análise documental, entender como pode-se divulgar a imagem de terceiros, vamos agora observar que qualquer pessoa é capaz de dançar, até mesmo o Tango. Então, nada melhor do que concluir o aprendizado de uma forma diferente: gerar dois documentos - um convencional e o outro não.

Desse modo, cada visitante foi convidado a finalizar a dança com uma foto de Tango, ou seja, produzimos na Oficina um documento não convencional! Já vimos que para divulgar as imagens de terceiros, precisamos de uma autorização, mediante um documento - Termo de Autorização de Uso da Imagem. Assim, para as fotos serem divulgadas aqui no Blog, criou-se a demanda para gerar o documento. Vimos, também, que a autorização para a divulgação se dá por meio de duas vias: uma que fica no acervo das ArqLindas, por ser um documento com valor permanente, e a outra que fica com a pessoa que autorizou a publicação da foto.

Termo de Autorização de Uso de Imagem utilizado na Milonga Arquivística*
* O termo assinado pelos integrantes do projeto não pode ser divulgado aqui no Blog por conter informações pessoais.  

Na Milonga presencial, tiramos várias fotografias dos nossos dançarinos em poses incríveis, que serão publicadas posteriormente, assim que analisarmos todas as autorizações geradas durante a oficina. Essa fotos, além de provarem o comparecimento à oficina, também comprova que todos podem dançar, já que finalizaram o Tango de modo espetacular!

Infelizmente, nós não vamos conseguir tirar foto de todo mundo que acessar a nossa Oficina Virtual. Mas vocês podem fazer parte da nossa oficina, gerando um documento convencional e um outro não convencional, finalizando a dança de um modo bem divertido! Então, mande uma foto do seu rosto para nosso e-mail: arqlindas2015@gmail.com, em seguida, mandaremos o documento digital da Autorização de Uso de Imagem a ser preenchido e, mediante autorização, você terá a foto da nossa Milonga Arquivística Virtual! Não fique de fora dessa brincadeira!

Foto de Tango da Milonga Arquivística Virtual

Milonga Arquivística Virtual - parte 3

Objetivos a serem alcançados com a terceira parte da Oficina:
  • Entender sobre arquivo permanente;
  • Entender o motivo do Termo de Autorização de Uso de Imagem ser um documento com valor permanente;
  • Entender o que é um fluxograma e para que ele serve;
  • Saber analisar um fluxograma; e
  • Entender sobre o fluxo e o ciclo de vida de um documento com valor permanente.
Autorizando o uso da imagem
Como podemos divulgar a imagem de terceiros?

Esta parte da nossa Milonga foi dedicada a analisar o fluxograma de um documento com valor permanente do acervo das ArqLindas. O valor permanente, de acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é o valor probatório e informativo que justifica a guarda permanente de um documento em um arquivo.

No mundo da dança, há muitos documentos que são produzidos, como fotos, vídeos, ingressos para entradas de espetáculos ou de bailes, panfletos de divulgação, entre outros. Além disso, o Termo de Autorização de Uso de Imagem é um documento essencial para esse meio, pois é somente com ele que pode-se divulgar um espetáculo a partir de fotos e vídeos ou outros meios, ou seja, esse documento pode permitir a propagação da imagem de terceiros, mediante autorização dos mesmos. 

O Termo de Autorização de Uso de Imagem é um documento que possui a guarda permanente, pois tem valor probatório. Sendo assim, é prova legal de que alguém autorizou a reprodução de sua imagem. Caso essa pessoa resolva recorrer, a pessoa física ou jurídica que divulgou possui a prova que recebeu a autorização. No caso da nossa Milonga Arquivística, esse documento foi utilizado para a realização da Oficina. O responsável pelo Projeto PÉS? precisava assinar o Termo para que pudéssemos divulgar um outro documento permanente: o vídeo que vocês viram na primeira parte da nossa Oficina Virtual. O vídeo do Projeto é, também, um documento permanente, pois serve como prova da realização das atividades inerentes à essa extensão da Universidade de Brasília.

Termo de Autorização do Uso da Imagem entregue ao responsável do Projeto PÉS?*

* O termo assinado pelos integrantes do projeto não pode ser divulgado aqui no Blog por conter informações pessoais.  
 
Então, para analisar o Termo de autorização de Uso de Imagem desde sua criação até sua destinação final, utilizamos um fluxograma. O fluxograma é uma ferramenta utilizada para representar uma rotina de trabalho por meio de figuras geométricas. Um modo mais didático de entender o que acontece em uma organização a partir da transição de informações entre os elementos que o compõem. O fluxograma é essencial para obter um estudo detalhado do ciclo documentário, ou seja, ter conhecimento da entrada, processamento e saída dos documentos em determinada ocasião.

Os círculos do fluxograma representam o início ou conclusão de uma rotina, podendo ou não representar o fim dessa. Os retângulos se referem às atividades necessárias para a realização de uma rotina e os losangos representam as tomadas de decisão de uma determinada atividade. No caso do Termo de Autorização de Uso de Imagem, o ponto de partida para a sua criação foi a necessidade de utilizar o vídeo do Projeto PÉS?. Após isso, nós elaboramos o Termo e, em seguida, apresentamos duas vias para o responsável do Projeto. Ele poderia assinar ou não os documentos. Caso não tivesse assinado, o uso da imagem não teria sido autorizado e, então, o ciclo do documento teria terminado. No entanto, o responsável assinou, assim, obtivemos a Autorização do Uso da Imagem.

A assinatura do Termo implica que uma via fique conosco e a outra com o responsável pelo Projeto PÉS?. A nossa via se encontra em nosso arquivo corrente, pois ainda estamos utilizando as imagens do Projeto, então, precisamos desse documento frequentemente. Após o término da disciplina e do período em que podemos recorrer a ela por conta de algum problema, o documento irá para o nosso arquivo intermediário, pois não iremos utilizá-lo com tanta frequência. Depois de um tempo, esse documento, que já nasce permanente, irá para o nosso arquivo permanente. Porém, o fato de ir pro arquivo permanente não representa um fim, já que o documento pode ser recuperado a qualquer momento, caso haja necessidade de provar que a autorização das imagens do grupo foi concedida pelo responsável. É importante ressaltar que, se houver necessidade de recuperação do documento, este não volta a ser corrente.

Já a guarda da segunda via, ficará a critério do responsável. Caso ele resolva guardar, o Termo irá para o seu arquivo, podendo ser recuperado a qualquer momento. Caso contrário, o Termo irá ser eliminado e, assim, terá seu fim.

Enfim, o fluxograma foi elaborado de acordo com a importância do documento. Este Termo é prova de que a divulgação da imagem do Projeto foi autorizada pelo responsável, ou seja, se as imagens são permanentes, o termo de autorização do uso de imagem também deve ser.
Fluxograma do Termo de Autorização de Uso de Imagem do Projeto PÉS?

Milonga Arquivística Virtual - parte 2

Objetivos a serem alcançados com a segunda parte da Oficina:
  • Aprender a dançar Tango;
  • Conhecer sobre a Diplomática e Tipologia Documental; e
  • Aprender a fazer a análise de um documento não convencional.
¿Vamos a bailar?
Aprenda os 8 passos básicos do Tango e da análise documental

Como qualquer dança, o Tango também possui seus passos básicos, que somam oito. Então, para facilitar a compreensão da análise do documento não convencional escolhido, essa parte da Oficina foi divida em oito passos, assim como o Tango! Os quatro primeiros foram destinados para a Análise Diplomática e os quatro últimos para a Análise Tipológica.

 Passos do Tango (em vermelho os passos das mulheres e em preto os passos dos homens)

Passos de Tango da Oficina
Aula de Tango - passos básicos

Saiba mais sobre o Tango aqui.

A Diplomática, segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é a disciplina que tem com objetivo o estudo da estrutura formal e da autenticidade dos documentos. Ou seja, a Análise Diplomática é a análise das características extrínsecas do documento, a estrutura documental. Fazendo uma analogia com a dança, podemos comparar a estrutura Diplomática, à estrutura do Tango e da Milonga: elementos como a postura dos dançarinos, os passos harmônicos, o abraço e o sentido no qual se dança dentro de um salão (sentido anti-horário, para os homens).

Então, vamos aprender agora os quatro passos da Análise Diplomática!

Passo 1:
  • Espécie: "configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas" (AAB/SP, 1996, p. 34.); ex: folder, memorando, resolução etc.
Passo 2:
  • Formato: "configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado" (AAB/SP, 1996, p. 39); ex: banner, cartaz, livro, folha avulsa etc.
Passo 3:
  • Gênero: "configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado na comunicação de seu conteúdo" (AAB/SP, 1996, p. 41); ex: textual, sonoro, imagético etc.
Passo 4:
  • Forma: completude de um documento; ex: cópia, original, rascunho etc.
Outros Passos derivados da Análise Diplomática (exemplos do documento escolhido):
  • Denominação: descrição do que é o documento; ex: Gravação Audiovisual de Espetáculo de Tango.
  • Definição: definir o documento, destacando sua finalidade; ex: Gravação de um vídeo durante a apresentação coreográfica do grupo, com o intuito de capturar os movimentos e coreografia.
  • Suporte: "material sobre o qual as informações são registradas" (AAB/SP, 1996, p. 72); ex: pen drive.
  • Dimensão: porção de espaço ocupado por um documento; ex: 32,1 MB (00:03:14).
  • Sinais de validação: "marcam a autenticidade de atos e documentos" (LOPEZ, 2012, p.23); ex: carimbos, assinaturas, marcas d’água, logomarcas, metadados (sinais ocultos de documentos digitais).
Estrutura do Tango similar à da Diplomática
Depois de passar pela estrutura da dança.. ops! pela estrutura diplomática, devemos fazer a Análise Tipológica. A Tipologia é o "conjunto de elementos formais que caracterizam um documento de acordo com as funções a que se destina" (disponível aqui), ou seja, é a análise intrínseca de um documento em relação à sua gênese documental (atribuições, competências, funções e atividades da entidade acumuladora de documentos). Seguindo o mesmo raciocínio, compara-se a Análise Tipológica, que é a análise das características internas do documento, com os procedimentos internos de criação de um espetáculo, tais como o roteiro, a formulação da dança, a escolha do figurino, a escolha da coreografia, a escolha das músicas etc.

Vamos, então, aprender os quatro passos da Análise Tipológica!

Passo 1:
  • Função Arquivística: atividades exercidas no âmbito do Produtor Arquivístico; ex: divulgação e comprovação da produção artística, pesquisa de criação e execução de movimentos, prestação de contas.
Passo 2:  
  • Produtor/fundo arquivístico: entidade produtora de documentos; ex: Projeto PÉS?.
Passo 3:
  • Atividade: finalidade do documento; ex: reprodução da apresentação do Espetáculo com o intuito de capturar o desenvolvimento coreográfico.
Passo 4:
  • Contexto: informa o motivo pelo qual o documento foi gerado; ex: necessidade de divulgar o projeto e preservar a memória coreográfica.
 Outros passos derivados da Análise Tipológica (exemplos do documento escolhido):
  • Tipo Documental: configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a atividade que a gerou, ex: Gravação Audiovisual para divulgação de Apresentação Coreográfica.
  • Emissor: quem gera demanda para a produção de documento; ex: integrantes do Projeto PÉS?.
  • Destinatário: a quem se destina o documento; ex: todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão permanente.
  • Data Tópica: local em que o documento foi produzido; ex: Brasília.
  • Data de Produção: data em que o documento foi produzido; ex: ano de 2012 (sem dia e mês definidos).

Milonga Arquivística Virtual - parte 1

Para quem viu os vários panfletos (esse aqui) espalhados pelo ICC Sul, Central e Norte, FCI, BSAN, PAT e PJC - Universidade de Brasília e pela internet nos grupos do Facebook e não pode comparecer à nossa Milonga Arquivística, estamos realizando a Oficina Virtual para ninguém ficar de fora dessa dança!

Exemplo de divulgação na FCI (Faculdade de Ciência da Informação)
Na última publicação (Explicando mais sobre a Oficina), apresentamos um breve roteiro do que as pessoas iriam ver durante a Oficina e a dividimos em cinco partes. Iremos fazer o mesmo com a Oficina Virtual, a dividiremos em cinco posts. Enquanto explicaremos o conteúdo da Oficina, vamos mostrar um pouquinho do que rolou no dia para dar um gostinho para quem não foi e como forma de memória para quem esteve lá!

Já para quem está vendo tudo isso pela primeira vez, vamos explicar um pouquinho: a Oficina que ocorreu no dia 06 de novembro na Universidade de Brasília (Ceubinho - entrada do ICC Norte) foi realizada por meio de um trabalho da disciplina Diplomática e Tipologia Documental do curso de Arquivologia. A proposta era relacionar um tema qualquer com os assuntos estudados durante o semestre e, também, divulgar a nossa área de atuação. Bom, nós, as ArqLindas, escolhemos falar sobre Dança, mais especificamente sobre o Tango.

ArqLindas (da esquerda pra direita: Elkelly Franco, Natália Lucchetti, Julia Donato e Flávia Helena)


Decoração da Oficina
 Objetivos a serem alcançados com a primeira parte da Oficina:
  • Conhecer um pouco sobre o Tango, sobre a Arquivologia e qual a relação entre essas duas áreas;
  • Conhecer sobre os documentos não convencionais;
  • Divulgar a Arquivologia; e
  • Divulgar o Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília - Projeto PÉS?.
 Então vamos dar início à nossa Milonga Arquivística!

Da Milonga à Arquivologia
Como a Arte do Tango e dos Documentos se complementam? 

O Tango, nascido nos bairros mais pobres da Argentina, é umas das danças mais intensas, dramáticas, sensuais e populares no mundo. Dançado nas Milongas – bailes, o Tango é muito mais que uma postura precisa e um passo estável, é uma linguagem da alma executada pelo corpo por meio de movimentos ritmados e intencionados.

Já a Arquivologia, segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é a disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos. O objeto de estudo dessa área é o documento de arquivo que, segundo a Resolução nº 20/2004 do CONARQ, é a informação registrada, independente da forma ou do suporte, produzida e recebida no decorrer das atividades de um órgão, entidade ou pessoa, dotada de organicidade e que possui elementos constitutivos suficientes para servir de prova dessas atividades.

No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança - manifestação cultural e multidimensional -, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?

Com os avanços tecnológicos, surgiu a possibilidade de “arquivar” a dança através da fixação de sinais em um meio tangível capaz de vencer o tempo e o espaço. Esse meio são as gravações audiovisuais que têm como finalidade registrar e descrever a dança em todos os seus aspectos: dramaticidade, expressão corporal, sutileza dos gestos, intensidade dos movimentos, entre outros - algo que não se poderia fazer no papel. Ou seja, obtém toda a dimensão das variáveis envolvidas no universo da dança. Além disso, o vídeo permite que a coreografia se propague pela história e não caia no esquecimento, ou seja, permite a preservação da memória coreográfica.

O vídeo é um documento não convencional que, de acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é um documento em linguagem não-textual, em suporte não convencional, ou, no caso de papel, em formato e dimensões excepcionais, que exige procedimentos específicos para seu processamento técnico, guarda e preservação, e cujo acesso depende, na maioria das vezes, de intermediação tecnológicas. Diferente do documento convencional que é um documento arquivístico produzido, tramitado e armazenado em formato não digital, segundo a Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos.

Dessa forma, escolhemos um vídeo do Projeto PÉS? para realizar a análise como forma de entender na prática a relação do Tango com a Arquivologia. O Projeto PÉS? é um Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília que pesquisa a criação, provocação e execução de movimentos expressivos e possíveis para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança. Surgiu em 2011, a partir de uma Dissertação de Mestrado em Artes Cênicas do Rafael Tursi. 

"Pra que servem pés senão para andar? O que é deficiência? Aonde este trabalho quer chegar? Este trabalho trata do ciclo de experimentações do Projeto PÉS?/UnB, que pesquisa a criação do movimento expressivo por pessoas com deficiência. Que pessoas? Que deficiências? Qualquer pessoa e qualquer deficiência. O objetivo é associar o trabalho de pedagogia do movimento do teatro e da dança para pessoas com deficiências, físicas, sensoriais e intelectuais. Durante o processo, busca-se observar tanto as habilidades já desenvolvidas pelos alunos quanto às habilidades a serem desenvolvidas” (Rafael Tursi). Desse modo, o projeto pretende mostrar que qualquer pessoa pode dançar.


 



Folder* com conceitos arquivísticos distribuído na primeira parte da Oficina

* Para ter um folder nosso, basta salvar as duas últimas imagens e imprimir em frente e verso. 
Cena de Tango do Projeto PÉS?. Vídeo passado na primeira parte da Oficina

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Explicando mais sobre a Oficina

Olá, queridos dançarinos!

Estamos cada vez mais próximos do grande dia. Então, para deixar vocês por dentro do nosso lindo espetáculo, vamos compartilhar um resumo do que vamos apresentar na sexta-feira.

Este resumo é um roteiro e está dividido em 5 partes da apresentação.

1ª parte: Da Milonga à Arquivologia:
  • Documentos não convencionais
    • Conceitos - FOLDER
    • Vídeo como registro documental dos passos da dança (Patrícia ROSSI)
  • Vídeo do Projeto PÉS?
    • Introdução da realidade e objetivo do Projeto
2ª parte: 8 passos básicos do tango:
  • 4 passos: análise diplomática – estrutura da dança – estrutura diplomática (características externas).
  • 4 passos: análise tipológica – procedimentos internos, como roteiro, formulação da dança, escolha do figurino – conteúdo tipológico (análise das características internas do documento).
3ª parte: Análise do Fluxo Documental – Bizagi:
  • Documento: Autorização do Uso de Imagem
  • Para que serve?
  • Fluxo e ciclo de vida do documento
  • Por que é um documento permanente?
4ª parte: Foto para o blog: Criação de um documento não convencional:
  • Demanda para gerar o documento não convencional: necessidade da autorização do uso de imagem para publicar a foto no blog
  • Assinatura da Autorização
5ª parte: Entrega do Certificado e dos brindes.

Esta é uma pequena parte do nosso trabalho. Mas isso é só para vocês terem uma noção de como vamos fazer a apresentação do nosso espetáculo.
Compareçam e entendam muito mais sobre a interligação entre a arte do Tango e dos Documentos!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Milonga Arquivística

Enfim, o grande dia esperado por todos os alunos da disciplina de Diplomática e Tipologia Documental está chegando. Vai ser o dia em que iremos por em prática tudo o que aprendemos, não só nessa disciplina, como também durante toda a graduação.
Não percam o nosso espetáculo!!! Esperamos todos os que acompanharam nosso desenvolvimento e os que pretendem conhecer lá!


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Terminando a coreografia

Toda coreografia uma hora chega ao fim e agora é a vez da nossa! Depois de um semestre com muitos ensaios, estamos ajustando os últimos passos para que no dia 06 de novembro nossa apresentação fique perfeita. A nossa apresentação vai ser em forma de oficina de Dança e Arquivologia, incluindo a Diplomática Contemporânea. O nosso espetáculo ocorrerá no Ceubinho - ICC Norte, Universidade de Brasília, a partir das 19 horas.

A apresentação consistirá na indicação de algumas fontes documentais arquivísticas presentes no meio da dança, mais especificamente os documentos acumulados pelo Projeto PÉS? - Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília, surgiu em 2011, a partir de um trabalho de conclusão de curso e dissertação de mestrado em Artes Cênicas do Rafael Tursi. O Projeto, que é o produtor arquivístico escolhido, tem o objetivo de mostrar que qualquer pessoa pode dançar, por meio da associação pedagógica do movimento de teatro e dança para pessoas com deficiências físicas, sensoriais e intelectuais.

Por meio de uma abordagem funcional, nós iremos oferecer uma visão do projeto como um todo, indicando as atividades documentadas e os próprios documentos convencionais ou não envolvidos no processo de encenação de um espetáculo. Ademais, haverá a análise diplomática e tipológica de um documento convencional (dissertação de mestrado do Rafael Tursi) e de um documento não convencional (vídeo de espetáculo), ambos relacionados com o projeto, é claro. Dessa forma, poder-se-á produzir aos espectadores uma visão mais ampla do que eles conhecem como documento.

Dançarinos de Tango, em: Vamos dançar tango?

E como será feita a oficina? Primeiramente, teremos um atrativo extra e surpresa para chamar a atenção dos espectadores. Após isso, começaremos explicando alguns conceitos básicos, como arquivologia, documento de arquivo, diplomática, tipologia, enquanto situaremos os espectadores ao contexto do Projeto também. Depois, haverá uma aula de Tango. Tango?? Sim!! Os passos básicos do Tango são divididos em oito. Sabe-se que toda dança possui uma estrutura que está pautada na postura dos dançarinos, assim como todo documento possui sua estrutura que é estudada pela Diplomática. A partir disso, iremos ensinar os quatro primeiros passos ao mesmo tempo que abordamos a análise diplomática. Em seguida, ensinaremos os quatro passos que restam, à medida que informamos a respeito da análise tipológica. Posteriormente, iremos indicar o fluxograma de um documento do projeto com guarda permanente, por meio do Bizagi.

Durante a oficina, terá vídeos das apresentações do Projeto e músicas de Tango, óbvio. Vamos utilizar um banner para expor nosso tema de forma geral e ser um outro modo de atrair o público. Por fim, nós tiraremos uma foto com posições finais de um Tango com os espectadores como forma de comprovação da participação na oficina. As fotos serão postadas nesse blog mediante autorização dos participantes. Ademais, os espectadores ganharão seus devidos certificados e um folder que conterá explicações acerca do assunto tratado.

Pretendemos, com isso, mostrar como a Dança está interligada à Arquivologia e, também, a importância da preservação da memória coreográfica para o Projeto, através das explanações sobre os documentos não convencionais e documentos permanentes. Ainda, é objetivo dessa oficina fazer com que os espectadores compreendam o assunto tratado, ao mesmo tempo em que divulgamos o Projeto e a nossa querida Arquivologia!!

Então, vamos aprender um pouco dessa dança??

P.S.: Para saber um pouco sobre o Tango e já adiantar as aulas de dança, acesse aqui e aqui.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Amigos Dançarinos!

A dança é a arte de mexer o corpo, através de uma sequência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria.Ao surgirem os primeiros registros de dança, cada localidade apresentava suas próprias características. As danças feitas em pares ao surgirem no século XIX não foram muito bem aceitas pelos mais conservadores da época, mas, com a mistura dos povos e a difusão dos aspectos culturais, foram surgindo muitas coisas lindas de se ver e dançar!

É por isso que apoiamos essa mistura de ritmos, pessoas, corpos e almas, e encontramos três novos parceiros para dançar conosco e multiplicar esse conhecimento através da Arquivologia.



Nosso primeiro companheiro nesse espetáculo é o blog Arquivos Jurássicos, que em seu post: Mais sobre autenticidade e veracidade, esclarece a diferença entre autenticidade e veracidade, características documentais que tendemos a confundir e que são de extrema importância nos estudos arquivísticos. Essas características identificam as qualidades de legitimação dos documentos e os aspectos referentes ao conteúdo documental.

Outro parceiro escolhido para coreografar nessa apresentação foi o blog Classifica em 020! com o post: O documento imagético no contexto da Ciência da Informação: tratamento e reflexões, esse post tem por objetivo explanar o tratamento de fotografias e imagens no âmbito da Ciência da Informação. É imprescindível que um arquivista saiba lidar com documentos imagéticos e fotográficos, mas além do profissional de arquivo, todos precisam ter a noção de como manipular esses documentos, principalmente nós, dançarinos, que tanto gostamos de manter nossas lembranças através das fotografias dos espetáculos.

Para finalizar essa parceria temos o último integrante do nosso grupo de dança, nada melhor que uma boa música pra soltar o esqueleto com o blog DIPLOMUSIC. No post Projeto Arquivo Musical Timbira se observa a realização de um projeto instigante que fortalece a prática musical e recolhe fotografias e repertórios, ensinando a arquivar e classificar esses documentos. Esse projeto contribui para a valorização das diferenças indígenas e cria uma consciência de identidade cultural, assim como nossos espetáculos de dança, exemplo de cultura, alegria e imaginação!

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Tava no fluxo...

Tava no fluxo, avistei a novinha no grau. Sabe o que ela quer?? Conhecer o fluxograma de um documento de arquivo permanente, é claro!

Para saber o que a novinha quer, além do funk, vamos entender primeiro o que é fluxograma: é uma ferramenta utilizada para representar uma rotina de trabalho por meio de figuras geométricas. Um modo mais didático de entender o que acontece em uma organização a partir da transição de informações entre os elementos que o compõem. No caso que mostraremos hoje, o fluxograma, feito por meio do programa bizagi, é de um documento que tem sua destinação final no arquivo permanente. O fluxograma é essencial para obter um estudo detalhado do ciclo documentário, ou seja, ter conhecimento da entrada, processamento e saída dos documentos em determinada ocasião.

O documento apresentado é um termo de autorização de uso de imagem (segue modelo abaixo), muito importante para o meio em que estamos inseridas: a dança. Não podemos sair por aí tirando fotos e/ou gravando apresentações diversas (até mesmo a da novinha no funk) para divulgação sem a autorização prévia das pessoas que irão aparecer nas imagens. Para nós, as ArqLindas, a autorização utilizada foi do uso da imagem dos integrantes do Projeto PÉS?, Projeto escolhido para ser trabalhado ao longo do semestre. No trabalho final, mostraremos fotos e/ou vídeos do Projeto e, por isso, precisávamos da autorização.

A curiosidade da semana é sobre o funk. O funk foi considerado patrimônio cultural do Rio de Janeiro, segundo o PROJETO DE LEI nº 4.124, DE 2008 (Link do projeto Lei), pois como se trata de uma forma de manifestação cultural popular, é digna do cuidado e da proteção do Poder Público. As letras das músicas são bem diferenciadas. Como a música que foi citada neste post é para maiores de 18 anos, não iremos publicá-la no blog.

Modelo de Termo de Autorização de Uso de Imagem*
* O termo assinado pelos integrantes do projeto não pode ser divulgado aqui no Blog por conter informações pessoais.

Fluxograma do Termo de Autorização de Uso de Imagem do Projeto PÉS?

O fluxograma foi elaborado de acordo com a importância do documento. Este termo é prova de que a divulgação da imagem do Projeto foi autorizada pelo responsável, ou seja, se as imagens são permanentes, o termo de autorização do uso de imagem também deve ser.

Durante a aula de sexta-feira (02/10), aprendemos a mexer melhor no programa bizagi e fizemos algumas modificações em nosso fluxograma:

Fluxograma atualizado do Termo de Autorização de Uso de Imagem do Projeto PÉS?

As modificações foram poucas, mas fizeram diferença na conclusão e entendimento do fluxo documental. A primeira mudança que observamos ser necessária foi a correção do caminho "o responsável deseja guardar a sua via?", pois este losango representa uma decisão a ser tomada, logo, cada canto de sua figura serve para representar um caminho diferente a ser seguido no ciclo de vida do documento.

Outra alteração realizada foi a questão do FIM do ciclo de vida do documento. Com o fluxograma representado do jeito que estava anteriormente, dava a entender que quando encaminhávamos o documento para a guarda permanente, seu ciclo de vida seria encerrado. Isso está errado, pois, como o documento ainda existe em um arquivo permanente, ele pode ser recuperado a qualquer momento caso haja necessidade de provar que a autorização das imagens do grupo foi concedida pelo responsável. É importante ressaltar que, caso haja necessidade de recuperação do documento, este não volta a ser corrente.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Documento é só papel?

Muitas vezes, ao pensarmos em documento, já nos vem logo a cabeça o suporte papel. Claro, já que a mente humana tende a associar uma palavra com algo que é mais difundido e, sabemos, que hoje o papel é sempre a primeira opção para conter informações sobre determinada coisa.

No entanto, não devemos nos restringir somente a esse suporte, precisamos abrir nossas cabeças para inúmeras outras possibilidades. Temos que perceber que o documento é um fato materializado da ação humana, ou seja, contém informações e não necessariamente são escritas.
Já vimos neste blog que uma foto pode ser considerada documento, que um panfleto publicitário também pode e inúmeros objetos de escoteiro trazidos pelo nosso querido professor André também podem ser.

Uma gravação de dança pode ser considerada um documento?  E uma sapatilha de balé?
É o que veremos em seguida!!

As gravações audiovisuais podem sim ser consideradas um documento, pois têm como finalidade registrar a dança em todos os seus aspectos: dramaticidade, expressão corporal, sutileza dos gestos, coreografia, entre outros - algo que não se poderia fazer no papel. Além disso, o vídeo permite captar a fluidez da movimentação, oferecendo uma percepção dos movimentos e suas intensidades.

Assim, vamos analisar diplomática e tipologicamente um vídeo pertencente ao arquivo do Projeto PÉS?:

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HLMIsweEgaE>. Acesso em: 17/09/2015.*

* Vídeo retirado do canal do YouTube do próprio projeto. Link para acessar ao canal

>>Tipologia Documental: Gravação audiovisual coreográfica
>>Definição: Gravação de um vídeo durante a apresentação coreográfica do grupo, registrando os movimentos e coreografia utilizada na cena de Tango
>>Atividade: Desenvolvimento coreográfico
>>Subfunção: Apresentação Coreográfica
>>Função Administrativa: Divulgação de Espetáculos de Dança
>>Função Arquivística: Comprovação da produção artística do Projeto PÉS?
>>Contexto: A gravação se deu devido a necessidade de divulgar o projeto e preservar a memória. Então, no momento dos Espetáculos, depois da montagem da coreografia e de muitos ensaios, há a gravação. Como o vídeo se relaciona com o contexto de produção e segue a tramitação devida, é considerado autêntico.
>>Produtor: Projeto PÉS?
>>Emissor: Integrantes do Projeto PÉS?
>>Destinatário: Todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão permanente.
>>Data Tópica: Brasília
>>Data de Produção: Ano de 2012 (dia e mês indefinidos)

Características externas:
  • Espécie: Gravação Audiovisual de Espetáculo de Dança
  • Gênero: Audiovisual
  • Suporte: Internet
  • Formato: MP4
  • Forma: Cópia
  • Linguagem: Musical, corporal e cultural
  • Duração: 00:03:39
Foto disponibilizada por Clara Sales Brito

Já a sapatilha de balé é considerada um documento, pois faz parte de um figurino de um Espetáculo de Dança. Ou seja, as sapatilhas utilizadas nos espetáculos podem compor os acervos das companhias de dança como forma de preservar a memória. Além disso, as sapatilhas acompanham os bailarinos durante toda a vida artística deles, tanto nas aulas, como nos ensaios e espetáculos, fazendo com que essas possam constituir os respectivos acervos pessoais. No caso de bailarinos famosos, as sapatilhas são documentos de suma importância, já que se torna um meio de comprovação e memória de participação em determinado Espetáculo.

Então, vamos analisar a sapatilha da bailarina Clara Sales Brito, 22 anos, integrante de duas companhias de dança (clássica e contemporânea) e aluna de licenciatura em dança do Instituto Federal de Brasília - IFB:

>>Tipologia Documental: Reunião de Figurino
>>Definição: Especificação de material para a execução dos figurinos
>>Atividade: Desenvolvimento e Manutenção de Figurinos e Adereços
>>Subfunção: Montagem Cênica para Espetáculo
>>Função Administrativa: Encenação de Espetáculos de Dança
>>Função Arquivística: Comprovação da realização de um Espetáculo
>>Contexto: A sapatilha é essencial para um Espetáculo de Balé, normalmente, não há dança sem o uso da sapatilha. Além disso, esta serve para recordação pessoal do bailarino e preservação da memória da companhia de dança que realizou o Espetáculo. Primeiramente, a sapatilha é adquirida e depois utilizada. A fabricação, quase sempre, não é própria da companhia.
>>Produtor: Clara Brito
>>Emissor: Clara Brito
>>Destino: Uso da Clara nas suas aulas, ensaios, espetáculos.
>>Data Tópica: Brasília
>>Data de Produção: Indefinida

Características externas:
  • Espécie: Sapatilha de Balé
  • Gênero: Figurino
  • Suporte: Couro
  • Formato: Sapatilha de Meia Ponta
  • Forma: Original
  • Linguagem: Contato Físico

Dança e Diplomática

Hoje é dia de fotografar!!
E nada melhor do que fotografar aquilo que a gente gosta, não é mesmo?

Só que dessa vez você, caro dançarino, vai conhecer algo diferente. O que mostraremos aqui não é simplesmente uma fotografia, e sim a tradução de um conceito arquivístico em um documento fotográfico.

Ontem, dia 17/09, a Universidade de Brasília teve o prazer de ser palco da 3ª edição do Forró Itinerante do Trio Aratirí. O Forró Itinerante é um projeto que tem por objetivo difundir o forró pé de serra no meio acadêmico da UnB. A cada 15 dias, nas quintas-feiras, o trio escolhe, com a ajuda do público, um local para sua apresentação.
O projeto não conta com o apoio da Universidade, apenas depende da colaboração dos alunos. Podemos, então, inferir, aproximando dos conceitos vistos na disciplina de Diplomática e Tipologia Textual, que esse evento não pode ser considerado autêntico, já que não passou pelos processos necessários para a aprovação de projetos realizado pela Reitoria da UnB.

Esse projeto é de extrema importância para com o forró, já que este faz parte do cenário cultural brasileiro e, por isso, deve-se ser preservado como memória coletiva e como um espaço para leituras e interpretações. Além disso, o fato do projeto ser estabelecido no meio universitário estimula a conexão com o social, ao mesmo tempo que promove a produção cultural, musical e de dança. Sendo assim, divulguem e prestigiem o forró e esse projeto tão lindo! Fiquem de olho na próxima edição que será no dia 01/10. Não percam!! (Veja o evento no Facebook aqui)

Claro que nós não poderíamos perder esse evento e, a partir dele, construir nosso conceito. As fotos tiradas por nós fará parte do nosso acervo pessoal como documentos imagéticos de coleção. Enquanto que as fotos tiradas por algum responsável do Trio, fará parte do acervo arquivístico deles, já que é um desdobramento do trabalho realizado e uma forma de comprovação e preservação da memória do projeto realizado, além de ser fonte de pesquisa histórica.

Abaixo temos um panfleto publicitário do evento de ontem. Esse documento serve para a divulgação do evento, contendo informações relevantes sobre o mesmo. Lembrando que essa espécie documental já foi descrita no nosso post da semana passada (Link aqui).


Mas agora vamos ao que interessa!! Abaixo, depois de muito texto e do conhecimento sobre o contexto em que a foto se insere, enfim, nossa foto-conceito:

Conceito: Diplomática

Identificação

Conceito: Diplomática
Autor: Flávia Helena do Espírito Santo
Título: Forró Universitário
Data da Imagem: 17/09/2015
Cidade: Brasília
País: Brasil

Resumo do conteúdo: Pessoas dançando
Conteúdo informativo: A imagem apresenta um grupo de dançarinos da Universidade de Brasília em um evento de forró, destacando as partes inferiores (pernas e pés) dos dançarinos.
Conteúdo literário: Os membros inferiores dos dançarinos representam a principal estrutura necessária para realização dos passos na dança, desta forma podemos compará-las ao conceito de Diplomática, que oferece a estrutura formal dos documentos para sua análise.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Um documento para chamar de nosso

Olá, dançarinos lindos!

Hoje faremos um post um pouco diferente. A atividade desta semana, proposta pelo professor André, é escolhermos um documento que será caracterizado nos moldes propostos por Mariano García (nesta publicação) e que, futuramente, será desenvolvido em nossa oficina.

No começo pensamos: Que tipo de documento seria interessante para ser analisado nesta publicação? Quais são os documentos envolvidos no mundo da dança que mostrariam a realidade dos dançarinos e ao mesmo tempo a nossa, da arquivística? O que representaria, da forma mais interessante, as duas realidades?

No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?

Pensando nisso, com toda a tecnologia que temos disponível hoje, temos registros iconográficos que são capazes de reproduzir o gesto realizado pelo artista em momentos ápices da dança. Trabalhar com documentos como fotos e vídeos será nosso foco daqui para frente, no blog e na oficina. Afinal, a dança é para ser dançada, sentida e assistida. Só assim poderemos entender melhor o universo da dança e inseri-lo mais intensamente no universo arquivístico.

Depois de muita discussão em grupo sobre documentos possíveis no maravilhoso universo da dança, resolvemos escolher um tipo da dança bem diferente, menos divulgado, mas completamente lindo e emocionante. Estamos nos referindo ao Projeto PÉS?. O PÉS? é um projeto de extensão da Universidade de Brasília que tem como objetivo trabalhar movimentos expressivos e possíveis para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança.

O documento escolhido foi o panfleto de publicidade do espetáculo Similitudo que foi apresentado em julho deste ano, em Taguatinga:

Disponível na página do Facebook do Projeto PÉS?

Denominação: Panfleto de Publicidade
Definição: Documento de divulgação do espetáculo e informações relevantes sobre, como data, local, hora de início e preço do ingresso.
Características externas:
  • Classe: Textual, com texto digitado e imagética, com fotografia dos integrantes do grupo que realizaram o espetáculo
  • Suporte: Internet
  • Formato: Panfleto Publicitário em JPEG (.jpg)
  • Forma: Original múltipla
Produtor: Integrantes do grupo PÉS?
Destinatário: Todo público interessado em assistir o espetáculo, ou saber mais informações sobre o projeto de extensão.
Legislação aplicável (mais relevante)
Trâmite para sua criação e vigência*:
-Ter definido e ensaiado a execução dos passos do espetáculo;
- Ter um local disponível e uma data que seja possível para a apresentação em grupo;
- Ter autorização de órgão competente (Teatro Sesc) para a realização do espetáculo;
- Ter uma estimativa de público pagante para arrecadação de verba necessária para a realização do espetáculo.
Vigência administrativa do documento*: Vigente até o último dia de apresentação do espetáculo, como documento corrente. Depois passa a ter valor comprobatório da divulgação e da realização do espetáculo.
Vigência cronológica da série documental**: Não consta.
Conteúdo: Conteúdo descritivo de divulgação sobre o espetáculo, contendo nome do espetáculo, nome do grupo apresentador, nome do diretor, data, horário e local da apresentação, valor do ingresso, logomarcas de parceiros que participam da organização e produção do espetáculo.
Ordenação da série**:
Séries relacionadas*: Outros panfletos referentes à divulgações de outros espetáculos realizados pelo Projeto PÉS?.
* Essas descrições são somente uma proposta das ArqLindas, visto que só podemos ter certeza do trâmite e vigência do documento ao analisar  e conhecer o projeto como um todo, realizando visitas, entrevistas, conhecendo a missão do projeto para entender o contexto de criação dos documentos, atividades realizadas pelo projeto etc.
** A análise de um documento sozinho não permite a análise de uma série documental.
Comentário arquivístico: O panfleto de divulgação tem como objetivo principal informar ao público sobre o espetáculo, para que se consiga atrair o maior número de espectadores possível. Depois do término de sua vigência administrativa, o panfleto continua com o valor de prova do trabalho realizado pelo projeto e serve também como inspiração para a criação de novos espetáculos no futuro. A divulgação do trabalho pode fazer parte do acervo do projeto, como documento permanente, tendo em vista seu valor comprobatório.

Análise diplomática

Início do Documento
:
- Intitulação: Nome do projeto que realiza o espetáculo.
- Destinação: Público interessado em assistir ao espetáculo ou saber informações sobre o projeto.
Corpo do Documento:
- Disposição: Referência à concessão e ao lugar de realização do espetáculo.
Fecho do Documento:
- Data: tópica e cronológica - Dia, mês e ano de realização do espetáculo.
- Validação: Logomarcas dos participantes da organização e produção do espetáculo
Comentário diplomático:  Na Antiguidade Clássica, as propagandas e anúncios de produtos a serem comercializados eram feitas oralmente, como a divulgação de lutas de gladiadores, vendas de terras, animais ou escravos. Já na Idade Média, as ruas não eram identificadas por nomes, nem por números. Com isso, surgiu a necessidade de se anunciar, nas fachadas dos estabelecimentos, o que estes tinham para oferecer, para que fosse mais fácil o reconhecimento do produto pelo cliente. Com o aparecimento das empresas, essas imagens de publicação se tornaram frequentes como um facilitador entre as marcas e as mentes dos consumidores e deram origem às logomarcas atuais. Mas voltando à Idade Media.... No século XV, o alemão Johannes Gutenberg inventou um aparelho chamado prensa de tipos móveis (também conhecida como imprensa), o que possibilitou a transmissão da ideia das imagens de propaganda para o papel. E assim nasceu, antes mesmo até do primeiro livro impresso, o panfleto publicitário – na época conhecido como folha volante, foi o primeiro formato publicitário registrado na história, com o intuito de anunciar produtos e espetáculos. 
O panfleto de divulgação pode chegar ao público em suporte papel, e hoje, com o avanço da tecnologia da Internet, ele pode ser disseminado através das redes sociais, o que implica um custo menor (considerando que não haverá o custo de impressão). As disposições dos panfletos de divulgação podem ser variadas, mas o conteúdo sempre conta com as informações básicas referentes ao produto a ser vendido ou divulgado, como local de apresentação ou venda, data e horário da disponibilização do produto oferecido e as marcas de validação, que normalmente são as logomarcas das empresas ou órgãos que apoiam ou produzem o produto divulgado.

Para mais informações sobre o projeto, clique aqui.
Página do Facebook: Link.

Referências Bibliográficas:
LASSWELL, Harold D. Publicidade tradicional: como tudo começou. In: GONÇALVES, Lilian S. Neuromarketing aplicado à Redação Publicitária. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2013. p.119-120.
ROSSI, Patrícia Dias de. Espetáculos de Balé na cidade de São Paulo (1968-2007): mapeando 40 anos de arquivo. São Paulo, 2009. Dissertação (Mestrado em História Social). Faculdade de  Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.