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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A Última Dança

Depois de um semestre recheado de conhecimentos acerca da dança e da Arquivologia - área do conhecimento das Ciências Sociais Aplicadas - e as suas respectivas relações, é hora de compilar tudo o que já foi visto até agora. Assim, vamos apresentar a nossa última dança em formato de trabalho final.


Decidimos fazer o trabalho em forma de vídeo, afinal, foi nosso documento principal, analisado na Oficina.
Vídeo retrata tudo o que nós passamos durante o semestre (obviamente, de forma resumida)



E o trabalho final em forma de Artigo, que reproduz nossos trabalhos do semestre de uma maneira um pouco mais formal.

Esperamos que gostem, queridos dançarinos!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Milonga Arquivística Virtual - parte 3

Objetivos a serem alcançados com a terceira parte da Oficina:
  • Entender sobre arquivo permanente;
  • Entender o motivo do Termo de Autorização de Uso de Imagem ser um documento com valor permanente;
  • Entender o que é um fluxograma e para que ele serve;
  • Saber analisar um fluxograma; e
  • Entender sobre o fluxo e o ciclo de vida de um documento com valor permanente.
Autorizando o uso da imagem
Como podemos divulgar a imagem de terceiros?

Esta parte da nossa Milonga foi dedicada a analisar o fluxograma de um documento com valor permanente do acervo das ArqLindas. O valor permanente, de acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é o valor probatório e informativo que justifica a guarda permanente de um documento em um arquivo.

No mundo da dança, há muitos documentos que são produzidos, como fotos, vídeos, ingressos para entradas de espetáculos ou de bailes, panfletos de divulgação, entre outros. Além disso, o Termo de Autorização de Uso de Imagem é um documento essencial para esse meio, pois é somente com ele que pode-se divulgar um espetáculo a partir de fotos e vídeos ou outros meios, ou seja, esse documento pode permitir a propagação da imagem de terceiros, mediante autorização dos mesmos. 

O Termo de Autorização de Uso de Imagem é um documento que possui a guarda permanente, pois tem valor probatório. Sendo assim, é prova legal de que alguém autorizou a reprodução de sua imagem. Caso essa pessoa resolva recorrer, a pessoa física ou jurídica que divulgou possui a prova que recebeu a autorização. No caso da nossa Milonga Arquivística, esse documento foi utilizado para a realização da Oficina. O responsável pelo Projeto PÉS? precisava assinar o Termo para que pudéssemos divulgar um outro documento permanente: o vídeo que vocês viram na primeira parte da nossa Oficina Virtual. O vídeo do Projeto é, também, um documento permanente, pois serve como prova da realização das atividades inerentes à essa extensão da Universidade de Brasília.

Termo de Autorização do Uso da Imagem entregue ao responsável do Projeto PÉS?*

* O termo assinado pelos integrantes do projeto não pode ser divulgado aqui no Blog por conter informações pessoais.  
 
Então, para analisar o Termo de autorização de Uso de Imagem desde sua criação até sua destinação final, utilizamos um fluxograma. O fluxograma é uma ferramenta utilizada para representar uma rotina de trabalho por meio de figuras geométricas. Um modo mais didático de entender o que acontece em uma organização a partir da transição de informações entre os elementos que o compõem. O fluxograma é essencial para obter um estudo detalhado do ciclo documentário, ou seja, ter conhecimento da entrada, processamento e saída dos documentos em determinada ocasião.

Os círculos do fluxograma representam o início ou conclusão de uma rotina, podendo ou não representar o fim dessa. Os retângulos se referem às atividades necessárias para a realização de uma rotina e os losangos representam as tomadas de decisão de uma determinada atividade. No caso do Termo de Autorização de Uso de Imagem, o ponto de partida para a sua criação foi a necessidade de utilizar o vídeo do Projeto PÉS?. Após isso, nós elaboramos o Termo e, em seguida, apresentamos duas vias para o responsável do Projeto. Ele poderia assinar ou não os documentos. Caso não tivesse assinado, o uso da imagem não teria sido autorizado e, então, o ciclo do documento teria terminado. No entanto, o responsável assinou, assim, obtivemos a Autorização do Uso da Imagem.

A assinatura do Termo implica que uma via fique conosco e a outra com o responsável pelo Projeto PÉS?. A nossa via se encontra em nosso arquivo corrente, pois ainda estamos utilizando as imagens do Projeto, então, precisamos desse documento frequentemente. Após o término da disciplina e do período em que podemos recorrer a ela por conta de algum problema, o documento irá para o nosso arquivo intermediário, pois não iremos utilizá-lo com tanta frequência. Depois de um tempo, esse documento, que já nasce permanente, irá para o nosso arquivo permanente. Porém, o fato de ir pro arquivo permanente não representa um fim, já que o documento pode ser recuperado a qualquer momento, caso haja necessidade de provar que a autorização das imagens do grupo foi concedida pelo responsável. É importante ressaltar que, se houver necessidade de recuperação do documento, este não volta a ser corrente.

Já a guarda da segunda via, ficará a critério do responsável. Caso ele resolva guardar, o Termo irá para o seu arquivo, podendo ser recuperado a qualquer momento. Caso contrário, o Termo irá ser eliminado e, assim, terá seu fim.

Enfim, o fluxograma foi elaborado de acordo com a importância do documento. Este Termo é prova de que a divulgação da imagem do Projeto foi autorizada pelo responsável, ou seja, se as imagens são permanentes, o termo de autorização do uso de imagem também deve ser.
Fluxograma do Termo de Autorização de Uso de Imagem do Projeto PÉS?

Milonga Arquivística Virtual - parte 2

Objetivos a serem alcançados com a segunda parte da Oficina:
  • Aprender a dançar Tango;
  • Conhecer sobre a Diplomática e Tipologia Documental; e
  • Aprender a fazer a análise de um documento não convencional.
¿Vamos a bailar?
Aprenda os 8 passos básicos do Tango e da análise documental

Como qualquer dança, o Tango também possui seus passos básicos, que somam oito. Então, para facilitar a compreensão da análise do documento não convencional escolhido, essa parte da Oficina foi divida em oito passos, assim como o Tango! Os quatro primeiros foram destinados para a Análise Diplomática e os quatro últimos para a Análise Tipológica.

 Passos do Tango (em vermelho os passos das mulheres e em preto os passos dos homens)

Passos de Tango da Oficina
Aula de Tango - passos básicos

Saiba mais sobre o Tango aqui.

A Diplomática, segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é a disciplina que tem com objetivo o estudo da estrutura formal e da autenticidade dos documentos. Ou seja, a Análise Diplomática é a análise das características extrínsecas do documento, a estrutura documental. Fazendo uma analogia com a dança, podemos comparar a estrutura Diplomática, à estrutura do Tango e da Milonga: elementos como a postura dos dançarinos, os passos harmônicos, o abraço e o sentido no qual se dança dentro de um salão (sentido anti-horário, para os homens).

Então, vamos aprender agora os quatro passos da Análise Diplomática!

Passo 1:
  • Espécie: "configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas" (AAB/SP, 1996, p. 34.); ex: folder, memorando, resolução etc.
Passo 2:
  • Formato: "configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado" (AAB/SP, 1996, p. 39); ex: banner, cartaz, livro, folha avulsa etc.
Passo 3:
  • Gênero: "configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado na comunicação de seu conteúdo" (AAB/SP, 1996, p. 41); ex: textual, sonoro, imagético etc.
Passo 4:
  • Forma: completude de um documento; ex: cópia, original, rascunho etc.
Outros Passos derivados da Análise Diplomática (exemplos do documento escolhido):
  • Denominação: descrição do que é o documento; ex: Gravação Audiovisual de Espetáculo de Tango.
  • Definição: definir o documento, destacando sua finalidade; ex: Gravação de um vídeo durante a apresentação coreográfica do grupo, com o intuito de capturar os movimentos e coreografia.
  • Suporte: "material sobre o qual as informações são registradas" (AAB/SP, 1996, p. 72); ex: pen drive.
  • Dimensão: porção de espaço ocupado por um documento; ex: 32,1 MB (00:03:14).
  • Sinais de validação: "marcam a autenticidade de atos e documentos" (LOPEZ, 2012, p.23); ex: carimbos, assinaturas, marcas d’água, logomarcas, metadados (sinais ocultos de documentos digitais).
Estrutura do Tango similar à da Diplomática
Depois de passar pela estrutura da dança.. ops! pela estrutura diplomática, devemos fazer a Análise Tipológica. A Tipologia é o "conjunto de elementos formais que caracterizam um documento de acordo com as funções a que se destina" (disponível aqui), ou seja, é a análise intrínseca de um documento em relação à sua gênese documental (atribuições, competências, funções e atividades da entidade acumuladora de documentos). Seguindo o mesmo raciocínio, compara-se a Análise Tipológica, que é a análise das características internas do documento, com os procedimentos internos de criação de um espetáculo, tais como o roteiro, a formulação da dança, a escolha do figurino, a escolha da coreografia, a escolha das músicas etc.

Vamos, então, aprender os quatro passos da Análise Tipológica!

Passo 1:
  • Função Arquivística: atividades exercidas no âmbito do Produtor Arquivístico; ex: divulgação e comprovação da produção artística, pesquisa de criação e execução de movimentos, prestação de contas.
Passo 2:  
  • Produtor/fundo arquivístico: entidade produtora de documentos; ex: Projeto PÉS?.
Passo 3:
  • Atividade: finalidade do documento; ex: reprodução da apresentação do Espetáculo com o intuito de capturar o desenvolvimento coreográfico.
Passo 4:
  • Contexto: informa o motivo pelo qual o documento foi gerado; ex: necessidade de divulgar o projeto e preservar a memória coreográfica.
 Outros passos derivados da Análise Tipológica (exemplos do documento escolhido):
  • Tipo Documental: configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a atividade que a gerou, ex: Gravação Audiovisual para divulgação de Apresentação Coreográfica.
  • Emissor: quem gera demanda para a produção de documento; ex: integrantes do Projeto PÉS?.
  • Destinatário: a quem se destina o documento; ex: todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão permanente.
  • Data Tópica: local em que o documento foi produzido; ex: Brasília.
  • Data de Produção: data em que o documento foi produzido; ex: ano de 2012 (sem dia e mês definidos).

Milonga Arquivística Virtual - parte 1

Para quem viu os vários panfletos (esse aqui) espalhados pelo ICC Sul, Central e Norte, FCI, BSAN, PAT e PJC - Universidade de Brasília e pela internet nos grupos do Facebook e não pode comparecer à nossa Milonga Arquivística, estamos realizando a Oficina Virtual para ninguém ficar de fora dessa dança!

Exemplo de divulgação na FCI (Faculdade de Ciência da Informação)
Na última publicação (Explicando mais sobre a Oficina), apresentamos um breve roteiro do que as pessoas iriam ver durante a Oficina e a dividimos em cinco partes. Iremos fazer o mesmo com a Oficina Virtual, a dividiremos em cinco posts. Enquanto explicaremos o conteúdo da Oficina, vamos mostrar um pouquinho do que rolou no dia para dar um gostinho para quem não foi e como forma de memória para quem esteve lá!

Já para quem está vendo tudo isso pela primeira vez, vamos explicar um pouquinho: a Oficina que ocorreu no dia 06 de novembro na Universidade de Brasília (Ceubinho - entrada do ICC Norte) foi realizada por meio de um trabalho da disciplina Diplomática e Tipologia Documental do curso de Arquivologia. A proposta era relacionar um tema qualquer com os assuntos estudados durante o semestre e, também, divulgar a nossa área de atuação. Bom, nós, as ArqLindas, escolhemos falar sobre Dança, mais especificamente sobre o Tango.

ArqLindas (da esquerda pra direita: Elkelly Franco, Natália Lucchetti, Julia Donato e Flávia Helena)


Decoração da Oficina
 Objetivos a serem alcançados com a primeira parte da Oficina:
  • Conhecer um pouco sobre o Tango, sobre a Arquivologia e qual a relação entre essas duas áreas;
  • Conhecer sobre os documentos não convencionais;
  • Divulgar a Arquivologia; e
  • Divulgar o Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília - Projeto PÉS?.
 Então vamos dar início à nossa Milonga Arquivística!

Da Milonga à Arquivologia
Como a Arte do Tango e dos Documentos se complementam? 

O Tango, nascido nos bairros mais pobres da Argentina, é umas das danças mais intensas, dramáticas, sensuais e populares no mundo. Dançado nas Milongas – bailes, o Tango é muito mais que uma postura precisa e um passo estável, é uma linguagem da alma executada pelo corpo por meio de movimentos ritmados e intencionados.

Já a Arquivologia, segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é a disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos. O objeto de estudo dessa área é o documento de arquivo que, segundo a Resolução nº 20/2004 do CONARQ, é a informação registrada, independente da forma ou do suporte, produzida e recebida no decorrer das atividades de um órgão, entidade ou pessoa, dotada de organicidade e que possui elementos constitutivos suficientes para servir de prova dessas atividades.

No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança - manifestação cultural e multidimensional -, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?

Com os avanços tecnológicos, surgiu a possibilidade de “arquivar” a dança através da fixação de sinais em um meio tangível capaz de vencer o tempo e o espaço. Esse meio são as gravações audiovisuais que têm como finalidade registrar e descrever a dança em todos os seus aspectos: dramaticidade, expressão corporal, sutileza dos gestos, intensidade dos movimentos, entre outros - algo que não se poderia fazer no papel. Ou seja, obtém toda a dimensão das variáveis envolvidas no universo da dança. Além disso, o vídeo permite que a coreografia se propague pela história e não caia no esquecimento, ou seja, permite a preservação da memória coreográfica.

O vídeo é um documento não convencional que, de acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, é um documento em linguagem não-textual, em suporte não convencional, ou, no caso de papel, em formato e dimensões excepcionais, que exige procedimentos específicos para seu processamento técnico, guarda e preservação, e cujo acesso depende, na maioria das vezes, de intermediação tecnológicas. Diferente do documento convencional que é um documento arquivístico produzido, tramitado e armazenado em formato não digital, segundo a Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos.

Dessa forma, escolhemos um vídeo do Projeto PÉS? para realizar a análise como forma de entender na prática a relação do Tango com a Arquivologia. O Projeto PÉS? é um Projeto de Extensão Permanente da Universidade de Brasília que pesquisa a criação, provocação e execução de movimentos expressivos e possíveis para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança. Surgiu em 2011, a partir de uma Dissertação de Mestrado em Artes Cênicas do Rafael Tursi. 

"Pra que servem pés senão para andar? O que é deficiência? Aonde este trabalho quer chegar? Este trabalho trata do ciclo de experimentações do Projeto PÉS?/UnB, que pesquisa a criação do movimento expressivo por pessoas com deficiência. Que pessoas? Que deficiências? Qualquer pessoa e qualquer deficiência. O objetivo é associar o trabalho de pedagogia do movimento do teatro e da dança para pessoas com deficiências, físicas, sensoriais e intelectuais. Durante o processo, busca-se observar tanto as habilidades já desenvolvidas pelos alunos quanto às habilidades a serem desenvolvidas” (Rafael Tursi). Desse modo, o projeto pretende mostrar que qualquer pessoa pode dançar.


 



Folder* com conceitos arquivísticos distribuído na primeira parte da Oficina

* Para ter um folder nosso, basta salvar as duas últimas imagens e imprimir em frente e verso. 
Cena de Tango do Projeto PÉS?. Vídeo passado na primeira parte da Oficina

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Discussões, Documentos, Análises, Contexto...

Olá, queridos amigos dançarinos

Depois de muitas análises diplomáticas e tipológicas, muitos modelos apresentados e muitas discussões sobre conceitos ao longo do semestre, agora é a hora de fazermos uma reflexão do que realmente importa na hora de realizar estas análises documentais.

Para isso, vamos tomar como base o documento que nos foi apresentado na última aula de DTD, no dia 16/10, que pertence ao professor André, descrever nossa análise inicial explicando os pontos importantes a serem destacados e  mostrar as dificuldades enfrentadas por nós e pela turma.



Nossa Análise Diplomática do documento acima foi a seguinte:
  1. Espécie: Folder Informativo
  2. Formato: Folder
  3. Gênero: Textual e Imagético
  4. Forma: Original Múltipla
  5. Suporte: Papel
  6. Validação: Símbolo da Universidade , logotipos dos patrocinadores/parceiros.
As observações feitas pelo professor foram quanto à padronização do vocabulário referente aos elementos da análise Diplomática. Ao analisar vários documentos distintos ao longo do semestre, percebemos que existem nomenclaturas que são repetidas várias vezes, como por exemplo o suporte papel. Este foi fácil de descobrir, mas ao se realizar uma análise Diplomática de um documento formal, devemos pensar que, além do modelo de análise adequado, temos o dever de tornar a análise em si mais clara. Para isso, precisamos analisar a possibilidade de padronizar o vocabulário que descreve os elementos.

Existem várias formas de descrever, por exemplo, o gênero de um vídeo. Podemos chamá-lo de audiovisual, fílmico, documentário, etc. Segundo o professor André, ainda não existem estudos sobre a padronização deste vocabulário, mas a importância deste estudo é visível, levando em conta que a recuperação da informação se torna mais fácil quando temos um padrão pré-definido para realizar análises de documentos formais. Outro discussão importante é sobre um vocabulário preciso para descrever o formato documental. Não se aplicou ao nosso documento base visto em sala de aula, mas o que causou polêmica, foi a imagem apresentada a outro grupo. O formato do documento seria Fotografia ou seria o formato relativo ao que estava sendo representado pela fotografia (no caso, uma caixinha de suco). Várias possibilidades são analisadas para tal, mas, como se trata de um documento pessoal do professor, tudo depende do contexto em que ele está inserido, e a função que este exerce dentro do acervo pessoal.

À estas características estão ligadas a Análise Tipológica a seguir:
  1. Produtor: Universidad de Santiago de Chile
  2. Emissor: Archivo Universidad de Santiago de Chile
  3. Destinatário: Público interessado em conhecer uma parte da história da intervenção militar na Universidade
  4. Protocolo: UTE 1973-1976, Imágenes en Dictadura [...] con el Médio de la Universidad de Santiago de Chile. 
  5. Texto: Entre 1973 y 1970, [...] gestando nuestra universidad.
  6. Escatocolo: Archivo Patrimonial [...] -2 27180336.
  7. Data tópica: Chile
  8. Data cronológica: 2014
  9. Trâmite: Necessidade de acesso à informação/divulgação das informações referentes à ditadura militar no país e seus desdobramentos na Universidad de Santiago de Chile no período entre 1973 e 1976
  10. Contexto: Documento trazido pelo professor André após uma viagem ao Chile com a finalidade de guarda pessoal e utilização em sala de aula com os alunos.
  11. Fundo/titular: Fundo documental da Universidade de Santiago de Chile
  12. Atividade arquivística: Comprovar a divulgação da história da intervenção militar
A partir destas informações, podemos perceber que, sem o conhecimento do contexto em que o documento se insere, não somos capazes de realizar a analise tipológica corretamente. Isto se deve ao fato de que esta análise está ligada ao processo de criação e ao acervo ao qual o documento pertence. A tipologia analisa o documento associando-o à função do arquivo. E será que um documento pode ser criado com um propósito e depois ser utilizado em outro contexto e com um objetivo totalmente diferente? Claro que sim! É o caso do folder que analisamos em sala. O produtor do documento é a Universidade de Santiago de Chile e este foi criado com o intuito de representar e informar sobre um pedaço da história da Universidade no contexto da ditadura militar.

Apesar disto, o documento foi incorporado a um novo acervo, a partir do momento em que o titular do fundo (pessoa que recebeu o folder informativo) resolveu atribuir uma função diferente ao documento. Esta nova função, atribuída ao folder pelo professor André, que muda todo o contexto no qual o documento está inserido. Agora, este passou a ser um documento de arquivo do fundo documental do professor, com a função didática de reforçar conceitos ensinados na matéria de Diplomática e Tipologia Documental ministrada por ele. Depois de entender tudo isso, temos que lembrar que a análise do conteúdo é diferente da análise da função, pois os dois conceitos se referem a coisas diferentes.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A difícil decisão

No mundo da dança existem várias e várias apresentações. Uma melhor que a outra, claro, dependendo de muitos fatores, como os ensaios, a formação e experiência dos dançarinos, a música escolhida, os passos a serem realizados, entre outros. Como nem tudo são flores, sempre chega aquele momento tenso na hora do ensaio em que é necessário escolher uma música para encaixar a coreografia. A diversidade de músicas é muito grande e a escolha vai depender do tema no qual a apresentação se enquadra.

Seguindo essa lógica, na arquivologia temos o mesmo problema: qual modelo de análise tipológica deve ser escolhido para melhor se encaixar nos documentos de determinada proveniência?

Há vários e vários modelos, assim como há várias e várias músicas a serem escolhidas, já que a necessidade de análise tipológica se difere para cada instituição (por conta das funções e atividades exercidas), para cada tipo documental (que não possuem a possibilidade de padronização), para cada época (que se insere em contextos diferentes) e para cada suporte (que com os avanços tecnológicos vem mudando constantemente). Sendo assim, percebe-se que essas mudanças corroboram para a geração de análises tipológicas diversas e, com isso, é necessário fazer adaptações conforme as demandas.

Durante esse lindo semestre dançante, vimos inúmeros modelos de análise tipológica que, muitas vezes, perpassaram por certas épocas da história da humanidade, como a época medieval,  moderna e contemporânea. Diante disso, nós percebemos que algumas análises poderiam se encaixar com os documentos utilizados nesse Blog. A nossa preferência era para o modelo proposto pelo nosso professor André em seu texto "Identificação de tipologias documentais em acervos dos trabalhadores" e em suas explanações durante as aulas. No entanto, a proposta da atividade é definir um modelo que foi citado no texto "Series y tipos documentales: modelos de análisis", no capítulo 1.3 "Modelo de análisis de series documentales" do Mariano García Ruipérez. 

Então vamos para os nossos ensaios!!

Depois de muita leitura e testes com os nossos documentos, vimos que o modelo que melhor se encaixa nas nossas necessidades é "Carmen Cayetano", pois representa diretamente as necessidades dos nossos documentos. Percebemos isso no momento em que conseguimos encaixar quase que perfeitamente a análise tipológica às características dos documentos. Quase que perfeitamente, porque nenhum modelo é ideal, mesmo que haja um modelo específico para cada instituição, dificilmente esse vai servir completamente para todos os documentos produzidos e/ou recebidos, devido a complexidade existente na estrutura organizacional do produtor.

Espetáculo SIMILITUDO
Disponível na página do facebook do Projeto PÉS?
Segue, então, a análise documental de um Panfleto Publicitário do Projeto PÉS? (projeto escolhido para ser abordado nas oficinas) de acordo com o modelo do Grupo Carmen Cayetano com o intuito de demonstrar o motivo da nossa seleção:

1. DEFINIÇÃO: Panfleto de Publicidade para divulgação de um espetáculo, contendo informações relevantes sobre a data, local, hora de início e preço do ingresso

2. CARACTERÍSTICAS EXTERNAS
  • Suporte: Internet
  • Classe: Textual, com texto digitado e imagética, com fotografia dos integrantes do grupo que realizaram o espetáculo
  • Formato: Panfleto Publicitário em JPEG (.jpg)
  • Forma: Original múltipla

3. CARACTERÍSTICAS INTERNAS
  • Produtor: Projeto PÉS?
  • Destinatário: Todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão da Universidade de Brasília
  • Protocolo*: Nome do projeto que realiza o espetáculo
  • Texto do documento: Referência à concessão e ao lugar de realização do espetáculo, além das informações sobre a data, horário e preço do ingresso
  • Escatocolo*: Nome dos participantes que ajudam na promoção do espetáculo
  • Datas tópica: Brasília
  • Data cronológica: Ano de 2015
  • Validação: Logomarcas dos participantes da organização e produção do espetáculo
4. LEGISLAÇÃO:
Lei de Incentivo à Cultura nº 5.021
Decreto nº 3.551
Resolução da Câmara de Extensão nº 1
Resolução da Câmara de Extensão nº 2

5. TRÂMITE**:
- Ter definido e ensaiado a execução dos passos do espetáculo;
- Ter um local disponível e uma data que seja possível para a apresentação em grupo;
- Ter autorização de órgão competente (Teatro Sesc) para a realização do espetáculo;
- Ter uma estimativa de público pagante para arrecadação de verba necessária para a realização do espetáculo.

* O protocolo e o escatocolo dos panfletos publicitários não possuem padronização.
** Essas descrições são somente uma proposta das ArqLindas, visto que só podemos ter certeza do trâmite do documento ao analisar e conhecer o projeto mais afundo, realizando visitas, entrevistas, conhecendo a missão do projeto para entender o contexto de criação dos documentos, atividades realizadas pelo projeto etc.

Pode-se perceber, então, que lacunas sempre vão existir, mas sempre devemos fazer adaptações conforme as necessidades. No entanto, a proposta da atividade não era ajustar os modelos e, sim, escolher o melhor. A escolha por esse modelo se deu pelo motivo de nos atender melhor, já que vários itens abordados pelos outros modelos não eram necessários para os nossos documentos. Sabe-se que a combinação de distintos modelos é favorável para a realização de uma análise documental e, assim, positiva para o entendimento dos documentos e o correto tratamento desses.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Aplicando as TIPOLOGIAS

Olá, queridos dançarinos!

O próximo passo dos ensaios da nossa dança é um pouco mais prático. A tarefa de hoje consiste em aplicar o modelo proposto por Luciana Duranti no conjunto documental anteriormente trabalhado no nosso lindo blog (link aqui). O texto sugerido pelo professor André que irá nos servir de referência é: DURANTI, L. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel Vázques. Carmona (Sevilla): S&C, 1996. (Biblioteca Archivística, 5). - CAP.5.

O capítulo 5 do texto de Luciana Duranti trata do estudo dos elementos externos (forma física) e dos elementos internos (forma intelectual) dos documentos a partir de uma análise de três períodos históricos: medieval, moderno e contemporâneo. De acordo com Duranti (1996, p. 132), os elementos externos são essenciais para a compreensão das ações que os documentos se envolvem no contexto de criação deles. Dessa forma, a autora expõe um modelo de análise diplomática crítica que busca alcançar o conhecimento da função dos documentos por meio da sua forma, a função do criador dos documentos e, com isso, poder verificar a autenticidade do documento. Normalmente, esse modelo é aplicado quando não se conhece o contexto dos documentos.

No nosso caso, conhecemos o contexto de produção dos documentos da MCEbyte quando fomos destinadas a organizar o fundo da empresa, por meio da solicitação do Centro de Pesquisas da Ilusão. No entanto, vamos realizar essa análise proposta no texto de Duranti, porque conhecer novos passos nunca é demais!

Crítica Diplomática: elementos externos

Imagens Impossíveis
  • Suporte
Material: papel
Formato: metade de uma folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: imagem
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: não consta
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: imagética
Divisão de parágrafos: não consta
Rasuras e correções: não possui
Software de computador: editor de imagens
Fórmulas: não consta
  • Linguagem
Vocabulário: informal
Composição: imagem
Estilo: publicitário/comercial
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Não possui
  • Anotações
Fase de execução: não possui
Fase de manejo: não possui
Fase de administração: rascunho

Pedido de Viagem
  • Suporte
Material: papel
Formato: metade de uma folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: formulário de preenchimento e perguntas de múltipla escolha
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: formulário
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada e manuscrita
Divisão de parágrafos: não possui
Rasuras e correções: não possui
Abreviaturas e iniciais:  avenida (Av.), apartamento (ap.), Rio de Janeiro (RJ)
Software de computador: editor de planilhas
Fórmulas: não consta
  • Linguagem
Vocabulário: formal
Composição: texto informacional
Estilo: administrativo
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Assinatura e logomarca empresa
  • Anotações
Fase de execução: formulário de pedido de viagem emitido pela empresa
Fase de manejo: tipo de viagem escolhido
Fase de administração: não possui

Tabela de Preços
  • Suporte
Material: papel
Formato: metade de uma folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: tabela de preenchimento
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: tabela
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada e manuscrita
Divisão de parágrafos: não possui
Rasuras e correções: não possui
Abreviaturas e iniciais: não possui
Software de computador: editor de tabelas
Fórmulas: soma
  • Linguagem
Vocabulário: formal
Composição: preços
Estilo: administrativo
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Logomarca da empresa
  • Anotações
Fase de execução: tabela de preços para fins de consulta emitida pela empresa
Fase de manejo: padrão nos preços do tipo de viagem
Fase de administração: não possui

Nota Fiscal de Venda ao Consumidor
  • Suporte
Material: papel
Formato: metade de uma folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: nota fiscal
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: campos de preenchimento
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada
Divisão de parágrafos: não possui
Rasuras e correções: rasura na Nota Fiscal de Maria do Ingá
Abreviaturas e iniciais: não possui
Software de computador: editor textual
Fórmulas: não possui
  • Linguagem
Vocabulário: formal
Composição: preços
Estilo: administrativo/contábil
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Logomarca da empresa
  • Anotações
Fase de execução: nota fiscal de vendas emitida pela empresa com numeração sequencial
Fase de manejo: viagem escolhida
Fase de administração: número sequencial

Ficha Funcional
  • Suporte
Material: papel
Formato: folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: ficha a ser preenchida
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: campos de preenchimento
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada
Divisão de parágrafos: não possui
Rasuras e correções: não possui
Abreviaturas e iniciais: número (nº), apartamento (ap.), BANARQ, São Paulo (SP), avenida (av.)
Software de computador: editor textual
Fórmulas: não possui
  • Linguagem
Vocabulário: formal
Composição: informacional, foto 3x4
Estilo: administrativo
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Logomarca da empresa
  • Anotações
Fase de execução: ficha funcional de funcionários emitida pela empresa com número sequencial
Fase de manejo: referência aos funcionários da empresa
Fase de administração: o número de registro do funcionário

Panfleto Publicitário 
  • Suporte
Material: papel
Formato: folha avulsa
Preparação para receber a mensagem: imagem e texto de divulgação
  • Escrita
Disposição, paginação, formatação: não consta
Máquinas de tintas: preto e branco
Tipo de escrita: digitada e manuscrita
Divisão de parágrafos: não consta
Rasuras e correções: não possui
Abreviaturas e iniciais:não possui
Software de computador: editor textual e de imagem
Fórmulas: não possui
  • Linguagem
Vocabulário: informal
Composição: informacional
Estilo: publicitário/comercial
  • Carimbo
Não possui
  • Sinais especiais
Logomarca da empresa
  • Anotações
Fase de execução: prospecto publicitário feito com o objetivo de divulgação da marca da empresa.
Fase de manejo:tipo de viagem
Fase de administração: não possui

Crítica Diplomática: elementos internos

Imagens Impossíveis

Protocolo: não se aplica, pois o documento é composto apenas por imagem e nome da imagem
Texto: não possui
Escatocolo: não se aplica, pois o documento é composto apenas por imagem e nome da imagem
Pessoas: MCEByte (autor do ato); funcionário José Arcimboldo (autor do documento); projetos a serem executados (destinatário)
Qualificação de firma: não se aplica
Tipo de ato: ato simples
Nome do ato: Projeto Virtual
Relações entre documento e procedimento: documento participa da fase inicial de implantação de projetos virtuais para prestação de serviços por parte da empresa
Tipo de documento: imagem de projeto, privado, dispositivo, rascunho.
Descrição Diplomática: Imagens Impossíveis; comprovação de projetos virtuais; 4 documentos

Pedido de Viagem
Protocolo: "R. Martins Cornelis [...] fone"; data: 19 de abril de 97
Texto: "Sim, desejo [...] Para tanto"
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); clientes da empresa (autor do documento); MCEByte (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato contratual
Nome do ato: contrato padrão
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte da contratação e descrição dos serviços que serão prestados ao cliente, bem como termo de responsabilidade
Tipo de documento: contrato, privado, probatório, original
Descrição Diplomática: abril de 1997 (Rio de Janeiro); clientes; pedido de contratação dos serviços da empresa MCEByte; 4 documentos

Tabela de Preços

Protocolo: “Preços Válido a partir [...]”
Texto: “Nome, implante de chips [...]”
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); parte contábil da empresa MCEByte (autor do documento); clientes e funcionários da empresa (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato de procedimento
Nome do ato: tabela de registro de preços
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte do processo inicial de compra e venda da empresa, descrevendo os valores dos serviços e materiais utilizados
Tipo de documento: registro de preços, público, dispositivo, original
Descrição Diplomática: 1989; São Paulo; MCEByte; tabela de preços; registro de valores; 4 documentos
Nota Fiscal de Venda ao Consumidor

Protocolo: “CGP 18.981.972 [...] Inscr. Est. 011 [...] Série A-1 nº0153”
Texto: “Data [...] Nome [...] Endereço”
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); parte contábil da empresa MCEByte (autor do documento); clientes da empresa (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato contratual
Nome do ato: Nota Fiscal
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte da conclusão da contratação de serviços da empresa pelo cliente; formalização do pagamento
Tipo de documento: nota, privado, probatório, original
Descrição Diplomática: 1989; São Paul; MCEByte; nota fiscal; comprovação de compra do pacote de viagens; 4 documentos

Ficha Funcional 

Protocolo: “Ficha funcional [...] número de registro: 9605"
Texto: “Nome [...] Endereço [...] Cônjuge”
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); José Arcimboldo - funcionário da empresa (autor do documento); MCEByte (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato simples
Nome do ato: Ficha Funcional
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte dos recursos humanos da empresa, descrevendo as funções atribuídas a cada funcionário
Tipo de documento: ficha, privado, dispositivo e probatório, original.
Descrição Diplomática: 1989; São Paulo; MCEByte;  ficha funcional de funcionário; registro de dados pessoais; 4 documentos

Panfleto Publicitário 

Protocolo: não possui
Texto: “Precisando de férias [...] técnicas”
Escatocolo: não possui
Pessoas: MCEByte (autor do ato); parte de publicidade da empresa (autor do documento); Possíveis futuros clientes da empresa (destinatário)
Qualificação de firma: MCEByte
Tipo de ato: ato simples
Nome do ato: Panfleto de Publicidade
Relações entre documento e procedimento: documento faz parte do processo de publicidade e propaganda dos serviços prestados pela MCEByte
Tipo de documento: panfleto, público, dispositivo, original
Descrição Diplomática: 1989; São Paulo; MCEByte; panfleto de publicidade; divulgação dos serviços prestados; 4 documentos

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Documento é só papel?

Muitas vezes, ao pensarmos em documento, já nos vem logo a cabeça o suporte papel. Claro, já que a mente humana tende a associar uma palavra com algo que é mais difundido e, sabemos, que hoje o papel é sempre a primeira opção para conter informações sobre determinada coisa.

No entanto, não devemos nos restringir somente a esse suporte, precisamos abrir nossas cabeças para inúmeras outras possibilidades. Temos que perceber que o documento é um fato materializado da ação humana, ou seja, contém informações e não necessariamente são escritas.
Já vimos neste blog que uma foto pode ser considerada documento, que um panfleto publicitário também pode e inúmeros objetos de escoteiro trazidos pelo nosso querido professor André também podem ser.

Uma gravação de dança pode ser considerada um documento?  E uma sapatilha de balé?
É o que veremos em seguida!!

As gravações audiovisuais podem sim ser consideradas um documento, pois têm como finalidade registrar a dança em todos os seus aspectos: dramaticidade, expressão corporal, sutileza dos gestos, coreografia, entre outros - algo que não se poderia fazer no papel. Além disso, o vídeo permite captar a fluidez da movimentação, oferecendo uma percepção dos movimentos e suas intensidades.

Assim, vamos analisar diplomática e tipologicamente um vídeo pertencente ao arquivo do Projeto PÉS?:

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HLMIsweEgaE>. Acesso em: 17/09/2015.*

* Vídeo retirado do canal do YouTube do próprio projeto. Link para acessar ao canal

>>Tipologia Documental: Gravação audiovisual coreográfica
>>Definição: Gravação de um vídeo durante a apresentação coreográfica do grupo, registrando os movimentos e coreografia utilizada na cena de Tango
>>Atividade: Desenvolvimento coreográfico
>>Subfunção: Apresentação Coreográfica
>>Função Administrativa: Divulgação de Espetáculos de Dança
>>Função Arquivística: Comprovação da produção artística do Projeto PÉS?
>>Contexto: A gravação se deu devido a necessidade de divulgar o projeto e preservar a memória. Então, no momento dos Espetáculos, depois da montagem da coreografia e de muitos ensaios, há a gravação. Como o vídeo se relaciona com o contexto de produção e segue a tramitação devida, é considerado autêntico.
>>Produtor: Projeto PÉS?
>>Emissor: Integrantes do Projeto PÉS?
>>Destinatário: Todo público interessado em assistir ao espetáculo ou saber mais informações sobre o projeto de extensão permanente.
>>Data Tópica: Brasília
>>Data de Produção: Ano de 2012 (dia e mês indefinidos)

Características externas:
  • Espécie: Gravação Audiovisual de Espetáculo de Dança
  • Gênero: Audiovisual
  • Suporte: Internet
  • Formato: MP4
  • Forma: Cópia
  • Linguagem: Musical, corporal e cultural
  • Duração: 00:03:39
Foto disponibilizada por Clara Sales Brito

Já a sapatilha de balé é considerada um documento, pois faz parte de um figurino de um Espetáculo de Dança. Ou seja, as sapatilhas utilizadas nos espetáculos podem compor os acervos das companhias de dança como forma de preservar a memória. Além disso, as sapatilhas acompanham os bailarinos durante toda a vida artística deles, tanto nas aulas, como nos ensaios e espetáculos, fazendo com que essas possam constituir os respectivos acervos pessoais. No caso de bailarinos famosos, as sapatilhas são documentos de suma importância, já que se torna um meio de comprovação e memória de participação em determinado Espetáculo.

Então, vamos analisar a sapatilha da bailarina Clara Sales Brito, 22 anos, integrante de duas companhias de dança (clássica e contemporânea) e aluna de licenciatura em dança do Instituto Federal de Brasília - IFB:

>>Tipologia Documental: Reunião de Figurino
>>Definição: Especificação de material para a execução dos figurinos
>>Atividade: Desenvolvimento e Manutenção de Figurinos e Adereços
>>Subfunção: Montagem Cênica para Espetáculo
>>Função Administrativa: Encenação de Espetáculos de Dança
>>Função Arquivística: Comprovação da realização de um Espetáculo
>>Contexto: A sapatilha é essencial para um Espetáculo de Balé, normalmente, não há dança sem o uso da sapatilha. Além disso, esta serve para recordação pessoal do bailarino e preservação da memória da companhia de dança que realizou o Espetáculo. Primeiramente, a sapatilha é adquirida e depois utilizada. A fabricação, quase sempre, não é própria da companhia.
>>Produtor: Clara Brito
>>Emissor: Clara Brito
>>Destino: Uso da Clara nas suas aulas, ensaios, espetáculos.
>>Data Tópica: Brasília
>>Data de Produção: Indefinida

Características externas:
  • Espécie: Sapatilha de Balé
  • Gênero: Figurino
  • Suporte: Couro
  • Formato: Sapatilha de Meia Ponta
  • Forma: Original
  • Linguagem: Contato Físico

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Enganando Daniella mais uma vez

A atividade hoje é a de enganar (ou apenas tentar enganar) a Daniella que é especializada em análise de documentos. Dessa forma, escolhi o documento abaixo, um atestado médico direcionado a minha pessoa quando tive uma crise enorme de sinusite e não pude comparecer à aula de Diplomática. Assim, gostaria de saber se o atestado é verídico ou não... E aí, Daniella, será que foi adulterado?


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Pois, afinal, a vida é uma Dança

Vamos dançar um forró hoje?? Depois da aula de Arquivo Permanente 1, é claro! 

Todo dia é dia para dançar, mas as quintas-feiras são especiais... É dia daqueeeeele forrozim gostoso!
O Arena Futebol Clube é palco para o Arena do Forró que há alguns anos (desde 2004) traz bandas e trios do Brasil, sendo uma das mais consagradas casas de Forró Pé de Serra em Brasília. (Em breve vai ter um post explicando sobre os tipos de forrós existentes, não perca!)

Esse mês o Arena está comemorando seus 11 aninhos, o que quer dizer que as quintas de agosto estão recheadas de atrações especiais. Hoje é uma delas: Ó do Forró que possui um lugarzinho guardado nos nossos corações s2!

Ó do Forró é uma banda de São Paulo formada por Adan Oliveira, Alvaro Oliveira e Sivaldo Fernando que possui uma linguagem diferenciada e inovadora. Além de ter suas próprias composições (maravilhosas, por sinal), a banda conta com um repertório que vai desde o clássico ao contemporâneo, sendo influenciados por Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, além do Rock, MPB e da poesia (é claro).

Integrantes da banda Ó do Forró (disponível aqui)
Essa banda não vem para Brasília faz um boooom tempo, uns dois anos pelo menos, infelizmente. Então, o dia de hoje é imperdível!! Para quem conhece e, também, para quem não conhece é uma ótima oportunidade para se apaixonar um pouco a cada música.

Vamos, assim, dançar um xote beeeeem coladinho e chamegar muuuito!

Fica aqui para vocês uma das nossas músicas preferidas, só para vocês ficarem com um gostinho na boca!
Voz do Coração - Ó do Forró

P.S.1: O Arena abre as 21 horas, mas a atração principal só deve entrar meia noite.
P.S.2: O Arena não está nos pagando para fazer propaganda.
P.S.3: O título desse post é uma frase da música "A vida é uma Dança" do Ó do Forró, ouçam!!
A Vida é uma Dança

Seguindo o conselho do professor André, vamos citar documentos que foram produzidos durante a apresentação do espetáculo acima. Um exemplo de documento é o ingresso do show que, no caso, não poderia ter sido guardado no acervo das Arqlindas, pois foi entregue na entrada do espetáculo. Já um documento que faz parte de nosso acervo é o Panfleto de Publicidade do evento, que foi produzido antes do show acontecer, obviamente.

O panfleto é um documento que pode fazer parte tanto do acervo da banda que se apresentou (Ó do Forró), como do acervo do estabelecimento produtor do evento (Arena), de quem participou do show como espectador, ou até de quem não esteve presente neste espetáculo, mas, por algum motivo, se propôs a guardar o documento. 

Panfleto de Publicidade que integra o acervo das ArqLindas
Os documentos que foram produzidos durante o espetáculo e guardados em nossos acervos pessoais foram as fotos que tiramos e que foram tiradas durante o show, que provam que estivemos presentes no evento, constituindo parte da nossa memória, já que possuem valor sentimental e são frutos de uma atividade realizada por nós. 


Algumas das fotos que foram tiradas no dia do show
Outras possibilidades de arquivamento dessas fotos: as fotos produzidas durante o evento podem fazer parte de vários acervos, assim como o panfleto publicitário. Com a facilidade que a tecnologia de fotografias digitais nos proporciona, podemos concluir que as fotos tiradas no show podem fazer parte do acervo de qualquer pessoa que tenha acesso à pagina do estabelecimento Arena, à pagina da internet da banda, ou de qualquer pessoa que publique alguma imagem produzida no evento.