Olá, dançarinos lindos!
Hoje faremos um post um pouco diferente. A atividade desta semana, proposta pelo professor André, é escolhermos um documento que será caracterizado nos moldes propostos por Mariano García (nesta publicação) e que, futuramente, será desenvolvido em nossa oficina.
No começo pensamos: Que tipo de documento seria interessante para ser analisado nesta publicação? Quais são os documentos envolvidos no mundo da dança que mostrariam a realidade dos dançarinos e ao mesmo tempo a nossa, da arquivística? O que representaria, da forma mais interessante, as duas realidades?
No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?
Pensando nisso, com toda a tecnologia que temos disponível hoje, temos registros iconográficos que são capazes de reproduzir o gesto realizado pelo artista em momentos ápices da dança. Trabalhar com documentos como fotos e vídeos será nosso foco daqui para frente, no blog e na oficina. Afinal, a dança é para ser dançada, sentida e assistida. Só assim poderemos entender melhor o universo da dança e inseri-lo mais intensamente no universo arquivístico.
No começo pensamos: Que tipo de documento seria interessante para ser analisado nesta publicação? Quais são os documentos envolvidos no mundo da dança que mostrariam a realidade dos dançarinos e ao mesmo tempo a nossa, da arquivística? O que representaria, da forma mais interessante, as duas realidades?
No universo musical, temos registros de partituras de músicas, que podem ensinar qualquer pessoa capacitada a tocar tal música, exatamente da maneira como ela foi feita para ser ouvida. Já, quando estamos falando de dança, como é possível registrar diferentes movimentos corporais, que são como uma espécie de "impressão digital motriz, que reflete a carga emotiva, sensorial, orgânica e físico-muscular de cada um, carga esta em constante processo de reformatação" (ROSSI, 2009, p. 10)?
Pensando nisso, com toda a tecnologia que temos disponível hoje, temos registros iconográficos que são capazes de reproduzir o gesto realizado pelo artista em momentos ápices da dança. Trabalhar com documentos como fotos e vídeos será nosso foco daqui para frente, no blog e na oficina. Afinal, a dança é para ser dançada, sentida e assistida. Só assim poderemos entender melhor o universo da dança e inseri-lo mais intensamente no universo arquivístico.
Depois de muita discussão em grupo sobre documentos possíveis no maravilhoso universo da dança, resolvemos escolher um tipo da dança bem diferente, menos divulgado, mas completamente lindo e emocionante. Estamos nos referindo ao Projeto PÉS?. O PÉS? é um projeto de extensão da Universidade de Brasília que tem como objetivo trabalhar movimentos expressivos e possíveis para pessoas com deficiência, através de técnicas do teatro-dança.
O documento escolhido foi o panfleto de publicidade do espetáculo Similitudo que foi apresentado em julho deste ano, em Taguatinga:
Disponível na página do Facebook do Projeto PÉS? |
Denominação: Panfleto de Publicidade
Definição: Documento de divulgação do espetáculo e informações relevantes sobre, como data, local, hora de início e preço do ingresso.
Características externas:
- Classe: Textual, com texto digitado e imagética, com fotografia dos integrantes do grupo que realizaram o espetáculo
- Suporte: Internet
- Formato: Panfleto Publicitário em JPEG (.jpg)
- Forma: Original múltipla
Produtor: Integrantes do grupo PÉS?
Destinatário: Todo público interessado em assistir o espetáculo, ou saber mais informações sobre o projeto de extensão.
Legislação aplicável (mais relevante):
- Lei de Incentivo à Cultura nº 5.021 (Link aqui)
- Decreto nº 3.551 (Link aqui)
- Resolução da Câmara de Extensão nº 1 (Link aqui)
- Resolução da Câmara de Extensão nº 2 (Link aqui)
Trâmite para sua criação e vigência*:
-Ter definido e ensaiado a execução dos passos do espetáculo;
- Ter um local disponível e uma data que seja possível para a apresentação em grupo;
- Ter autorização de órgão competente (Teatro Sesc) para a realização do espetáculo;
- Ter uma estimativa de público pagante para arrecadação de verba necessária para a realização do espetáculo.
Vigência administrativa do documento*: Vigente até o último dia de apresentação do espetáculo, como documento corrente. Depois passa a ter valor comprobatório da divulgação e da realização do espetáculo.
Vigência cronológica da série documental**: Não consta.
Conteúdo: Conteúdo descritivo de divulgação sobre o espetáculo, contendo nome do espetáculo, nome do grupo apresentador, nome do diretor, data, horário e local da apresentação, valor do ingresso, logomarcas de parceiros que participam da organização e produção do espetáculo.
Ordenação da série**:
Séries relacionadas*: Outros panfletos referentes à divulgações de outros espetáculos realizados pelo Projeto PÉS?.
*
Essas descrições são somente uma proposta das ArqLindas, visto que só
podemos ter certeza do trâmite e vigência do documento ao analisar e
conhecer o projeto como um todo, realizando visitas, entrevistas, conhecendo a missão do projeto para entender o contexto de criação dos documentos, atividades realizadas pelo projeto etc.
** A análise de um documento sozinho não permite a análise de uma série documental.
Comentário arquivístico: O panfleto de divulgação tem como objetivo principal informar ao público sobre o espetáculo, para que se consiga atrair o maior número de espectadores possível. Depois do término de sua vigência administrativa, o panfleto continua com o valor de prova do trabalho realizado pelo projeto e serve também como inspiração para a criação de novos espetáculos no futuro. A divulgação do trabalho pode fazer parte do acervo do projeto, como documento permanente, tendo em vista seu valor comprobatório.
Análise diplomática
Início do Documento:
- Intitulação: Nome do projeto que realiza o espetáculo.
- Destinação: Público interessado em assistir ao espetáculo ou saber informações sobre o projeto.
Corpo do Documento:
- Disposição: Referência à concessão e ao lugar de realização do espetáculo.
Fecho do Documento:
- Data: tópica e cronológica - Dia, mês e ano de realização do espetáculo.
- Validação: Logomarcas dos participantes da organização e produção do espetáculo
Comentário diplomático: Na Antiguidade Clássica, as propagandas e anúncios de
produtos a serem comercializados eram feitas oralmente, como a divulgação de
lutas de gladiadores, vendas de terras, animais ou escravos. Já na Idade Média,
as ruas não eram identificadas por nomes, nem por números. Com isso, surgiu a
necessidade de se anunciar, nas fachadas dos estabelecimentos, o que estes
tinham para oferecer, para que fosse mais fácil o reconhecimento do produto
pelo cliente. Com o aparecimento das empresas, essas imagens de publicação se
tornaram frequentes como um facilitador entre as marcas e as mentes dos
consumidores e deram origem às logomarcas atuais. Mas voltando à Idade
Media.... No século XV, o alemão Johannes Gutenberg inventou um aparelho
chamado prensa de tipos móveis (também conhecida como imprensa), o que
possibilitou a transmissão da ideia das imagens de propaganda para o papel. E assim
nasceu, antes mesmo até do primeiro livro impresso, o panfleto publicitário –
na época conhecido como folha volante, foi o primeiro formato publicitário
registrado na história, com o intuito de anunciar produtos e espetáculos.
O panfleto de divulgação pode chegar ao público em suporte papel, e hoje, com o avanço da tecnologia da Internet, ele pode ser disseminado através das redes sociais, o que implica um custo menor (considerando que não haverá o custo de impressão). As disposições dos panfletos de divulgação podem ser variadas, mas o conteúdo sempre conta com as informações básicas referentes ao produto a ser vendido ou divulgado, como local de apresentação ou venda, data e horário da disponibilização do produto oferecido e as marcas de validação, que normalmente são as logomarcas das empresas ou órgãos que apoiam ou produzem o produto divulgado.
O panfleto de divulgação pode chegar ao público em suporte papel, e hoje, com o avanço da tecnologia da Internet, ele pode ser disseminado através das redes sociais, o que implica um custo menor (considerando que não haverá o custo de impressão). As disposições dos panfletos de divulgação podem ser variadas, mas o conteúdo sempre conta com as informações básicas referentes ao produto a ser vendido ou divulgado, como local de apresentação ou venda, data e horário da disponibilização do produto oferecido e as marcas de validação, que normalmente são as logomarcas das empresas ou órgãos que apoiam ou produzem o produto divulgado.
Para mais informações sobre o projeto, clique aqui.
Página do Facebook: Link.
Referências Bibliográficas:
LASSWELL, Harold D. Publicidade tradicional: como tudo começou. In: GONÇALVES, Lilian S. Neuromarketing aplicado à Redação Publicitária. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2013. p.119-120.
ROSSI, Patrícia Dias de. Espetáculos de Balé na cidade de São Paulo (1968-2007): mapeando 40 anos de arquivo. São Paulo, 2009. Dissertação (Mestrado em História Social). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
Referências Bibliográficas:
LASSWELL, Harold D. Publicidade tradicional: como tudo começou. In: GONÇALVES, Lilian S. Neuromarketing aplicado à Redação Publicitária. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2013. p.119-120.
ROSSI, Patrícia Dias de. Espetáculos de Balé na cidade de São Paulo (1968-2007): mapeando 40 anos de arquivo. São Paulo, 2009. Dissertação (Mestrado em História Social). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
bom exemplo, porém faltou seguir mais a fundo o trabalho do Mariano, quanto à tradição documental.
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